sábado, 13 de março de 2010

Era Um Sábado e Tinha Umas Horas Livres

Grahm Greene

"Era um sábado e tinha umas horas livres. Resolveu passá-las fora de casa, com um livro, enquanto ainda fazia fresco; preferia ler longe das vistas da sua secretária, que lia só livros a que chamava sérios, entre eles os do doutor Saavedra.
Escolheu uma colecção de histórias de Jorge Luis Borges. Borges partilhava dos gostos que ele próprio herdara de seu pai- Conan Doyle, Stevenson, Chesterton. Ficções parecia-lhe uma agradável variante do último romance do doutor Saavedra, que não fora capaz de terminar. Estava cansado dos heróis sul-americanos."

O Cônsul Honorário, Grahm Greene

Era um sábado e tinha umas horas livres. Resolvi passá-las em casa, com um livro, enquanto lá fora a chuva e o vento não parar.
O Cônsul Honorário é um dos livros mais famosos de Graham Greene e aquele que o próprio autor considerava como o seu melhor romance, e simultaneamente, o que lhe mais custou a escrever.
A obra tem como cenário uma cidade da Argentina, mas o pano de fundo é ocupado pela ditadura do general Alfredo Stressner, durante 35 anos, Um grupo de guerrilheiros paraguaios decide raptar um embaixador americano para exigir como resgate a libertação de presos políticos. Mas quem acaba por ser raptado por engano é Charley Fortnum, um cônsul honorário britânico e bêbado diplomado, sem o mínimo valor de troca em termos políticos, O governo britânico não está interessado em salvar o seu cônsul, criando uma situação extremamente grave para Fortnum…
Tal como todos os livros de Greene, O Cônsul Honorário é um romance de acção, de espionagem e , acima de tudo, um drama moral. O seu enredo engenhoso e o seu humor subtil inspiraram, em 1983, um filme com Michael Caine no magnífico papel de cônsul.
Estou já perto do fim do livro, e as personagens temem pelo fim da vida, numa altura em que continua a chover lá fora.

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