sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Diário de Paul Auster




“Pensas que nunca te vai acontecer, que não te pode acontecer, que és a única pessoa no mundo a quem essas coisas nunca irão acontecer, e depois, uma a uma, todas elas começam a acontecer-te, como acontecem a toda a gente. Fala agora, antes que seja tarde, e depois espera poder continuar a falar até que não haja mais nada para dizer. Afinal de contas, o tempo está-se a esgotar. Talvez não seja pior pores de lado por agora as tuas histórias e tentares passar em revista o que foi para ti viver dentro deste corpo desde o primeiro dia de que tens memória de estar vivo até ao dia de hoje. Um catálogo de dados sensoriais. Aquilo a que se poderia chamar uma fenomenologia da respiração.     É um facto incontestável que já não és jovem. Dentro de um mês vais fazer sessenta e quatro anos e, sem seres excessivamente velho, sem teres aquilo que qualquer pessoa designaria por uma idade avançada, não podes deixar de pensar em todos aqueles que não conseguiram ir tão longe como tu. Aí está um exemplo das várias coisas que nunca poderiam acontecer, mas aconteceram mesmo.”
 
Paul Auster, incansável criador de ficções e de personagens inesquecíveis, vira agora o olhar para si próprio e para o sentido da sua vida. As descobertas da infância e as experiências da adolescência, o compromisso com a escrita – que marcou a sua entrada para a idade adulta –, as viagens, o casamento, a paternidade, a morte dos pais… Uma vida que transborda das páginas deste Diário de Inverno, um definitivo autorretrato construído com a paixão e a transbordante criatividade literária que são as marcas distintivas da identidade deste escritor amado pelos leitores e admirado pela crítica.
Diário de Inverno, Paul Auster, Ed. Asa.


Novelas Eróticas




Tomei à esquerda pela margem do mais próximo canal, e mesmo
em frente às ruínas da Ópera recentemente destruída por um
incêndio, quando a minha heroína ladeava direito a uma ponte,
encontrámo-nos; cruzaram-se os nossos olhares e ela, após hesitação
muito breve, retrocedeu para tomar o meu caminho, passando-
-me logo adiante. Estuguei o passo, alcançando-a sem demora, e
dirigi-lhe não sei já que banal galanteio. Recebi pela expressão indignada
dos seus olhos coriscantes a resposta esperada, mas sem
me intimidar perguntei-lhe se falava francês e ela, evitando o meu
olhar, mas tornando-se da cor de lacre, respondeu:


Novelas Eróticas, M. Teixeira-Gomes, Relógio D’Água.
 
«M. Teixeira-Gomes, tal como na sua obra se nos apresenta ou tal como em certas personagens se projecta, está longe de ser um gozador desenfreado, à maneira de Casanova, ou um perseguidor do infinito no finito dos corpos, à maneira de Don Juan. Homo eroticus, sim; mas buscando, acima de tudo, a harmonia entre o sentimento e a sensação, o equilíbrio da emoção e da volúpia.
(…) Por curiosa inclinação do seu espírito, se não também do seu corpo, Teixeira-Gomes revela, de facto, impressionantes afinidades com o pensamento grego dos séculos IV e III antes de Cristo.»
David Mourão-Ferreira, em Aspectos da Obra de M. Teixeira-Gomes

 

 


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

ExtraTexto

                                                                David Bowie

O Anjo

                                                          José Cardoso Pires, 1964



O anjo sobrevoou a cidade às 12.00-12.27 (hora solar). Era louro e de asas vermelhas e tinha um belo rosto triangular em nada semelhante aos dos querubins de igreja. Planou em lentas e tranquilas curvas por cima dos arranha-céus e das praias que contornavam a cidade, percorrendo-os com a sua sombra.
Foi escrito: a aparição teve lugar ao sétimo dia de um mês sobre todos radioso e na linha zénite, sol a prumo. Exacta e inolvidável, exactíssima, pôs em alvoroço as multidões de banhistas que formigavam no areal (aquela era a estação do sol e da festa do corpo) e suspendeu o trânsito nas avenidas da beira-mar, vogando, vogando sempre.

 

Alexandra Alpha, José Cardoso Pires.

 

EPC


“O modo de amar, as modalidades do desejo, as formas de viajar, os momentos de prazer, modelar pelos versos dos poetas, as suas histórias pessoais, as imagens do cinema, os traços e as cores da pintura, as árias de ópera ou as canções de Brel”

Tudo o Que não Escrevi, Eduardo Prado Coelho

Um colóquio dedicado a Eduardo Prado Coelho vai realizar-se nos dias 15 e 16 de Novembro, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa. Reflectir sobre a herança do ensaísta que definiu uma política cultural para o país.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Os Cantores De Leitura

                                                          Maria Gabriela Llansol



"seu contexto: aprender a leitura tem um método, mas não
obedece a um método. Depende da infinita variedade dos livros, ou seja, da corrente que flui, e nos mergulha nela – seja qual for o seu suporte. O écran, o ar, a cena, tudo me lembra a página. Quando a lembrança dessa página se esbater, uma matéria complexa, sem síntese, virá perturbar-me os olhos. Recorrerei à voz para acalmar esse silêncio, que transparece – mudo. Recorrerei ao canto que seleccionará, para a emissão de voz, tão duros materiais.

 - Amor meu, a invenção constante é uma ave plena.
  Mas eu não sei para que ave me dirijo."

 

 

Os Cantores De Leitura, Maria Gabriela Llansol, Assírio Alvim.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Chaplin os Primeiros Anos




«Temos de rir diante do nosso desamparo contra as forças da natureza- ou enlouquecemos.»
Charlie Chaplin


Nascido em Londres em 1889, Charlie Chaplin cresceu numa pobreza extrema. Os pais trabalhavam no mundo do espectáculo, mas cedo a próspera carreira do pai foi interrompida pelo alcoolismo, e a mãe, que adorava, perdeu a voz e depois enlouqueceu, com sífilis. Ainda com os pais vivos, Charlie foi entregue, com 7 anos, à Escola Hanwell para Crianças Órfãs e Desamparadas. Foi, segundo ele, o período mais infeliz da sua vida. Como conseguiu esta criança pobre, abandonada e tão desafortunada tornar-se um actor extraordinário, conhecido e célebre no mundo inteiro?

Stephen Weissman examina, passo a passo, a vida de Chaplin e as origens do seu génio, mostrando como a sua trágica infância lhe moldou a personalidade e a arte. Mal afamado, devido às suas opções políticas e à sua escandalosa vida sexual — que Weissman contextualiza e analisa — Chaplin foi uma personalidade muito mais complexa e contraditória do que até agora se sabia. Weissman dá a conhecer quer a lenda do cinema, quer o turbulento período no qual Chaplin viveu e trabalhou.


Chaplin os Primeiros Anos, Stephen Weissman, Ed. Bizancio

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Religião Para Ateus


                                                Tadao  Ando, Igreja da luz, Ibaraki, Japão, 1989
 
«Parecemos incapazes de resistir a exagerar cada aspeto de nós mesmos: quanto tempo estaremos no planeta, a importância do que conseguimos, a raridade e a injustiça dos nossos fracassos profissionais, os inúmeros mal-entendidos nas nossas relações, a intensidade dos nossos sofrimentos. Individualmente, o melodrama está sempre na ordem do dia. A arquitetura religiosa pode ter uma função crucial neste egoísmo (em última análise tão doloroso como errado), devido à sua capacidade para ajustar as impressões que temos do nosso tamanho físico- e, consequentemente, também do nosso tamanho psicológico (...) É claro que «sentirmo-nos pequenos» é uma dolorosa realidade diária do recreio humano. No entanto, sentirmo-nos pequenos devido a alguma coisa poderosa, nobre, perfeita e inteligente é sermos apresentados à sabedoria com alguma dose de alegria.»
Religião para Ateus é uma tentativa de interpretar as fés, essencialmente o cristianismo e, em menor escala, o judaísmo e o budismo, na esperança de encontrar conhecimentos coligidos que possam ser úteis na vida secular, especialmente no que respeita aos desafios colocados pela comunidade e pelo sofrimento mental e físico.
Religião para Ateus, Um guia para não crentes sobre as utilizações da religião
Alain de Botton, Ed. Quixote

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Antemanhã




Poderia ter escrito a tremer de respirares tão longe
Ter escrito com o sangue.
Também poderia ter escrito as visões
Se os olhos divididos em partes não sobrassem
No vazio de ceguez
E luz.
Poderia ter escrito o que sei
Do futuro e de ti
E de ter visto no deserto
O silêncio, o fogo e o dilúvio.
De dormir cheio de sede e poderia
Escrever
O interior do repouso
E ser faúlha onde a morte vive
E a vida rompe.
E poderia ter escrito o meu nome no teu nome
Porque me alimento da tua boca
E na palavra me sustento em ti.

                                                                                                   (Inédito)

Poesia, Daniel Faria, Assírio & Alvim


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Lustre


Clarice Lispector
 


"A sala. A sala cheia de pontos neutros. O cheiro de casa vazia. Mas o lustre! Havia o lustre. A grande aranha escandescia. Olhava-o imóvel, inquieta, parecia pressentir uma vida terrível. Aquela existência de gelo. Uma vez! uma vez a um relance - o lustre se espargia em crisântemos e alegria."

O Lustro, Clarice Lispector, Relógio D'Água.


«Ao contrário do seu primeiro romance [Perto do Coração Selvagem], escrito em fragmentos, saltando constantemente de uma cena para a outra, O Lustre é um conjunto coerente. Apesar de os seus extensos segmentos descreverem propositadamente acontecimentos, consistem sobretudo em longos monólogos interiores, interrompidos apenas por um singular e perturbador fragmento contendo diálogo ou acção. O livro progride em ondas lentas que se elevam, alterosas, nos momentos de revelação. As páginas entre estas epifanias são precisamente os momentos em que o livro se torna mais intolerável para o leitor, que é forçado a seguir o movimento interior de outra pessoa com um detalhe microscópico. Acostumado às epifanias, esperando estímulos e surpresas permanentes, o leitor que aborde o livro pela primeira vez depressa se sente desconcertado.
Porém, a intensidade glacial do livro exerce um fascínio particular.
(…) Só quando lido devagar, reflectidamente, e sem distracções, três ou cinco páginas de cada vez, é que O Lustre revela o seu carácter penetrante.» [Benjamin Moser, Clarice Lispector — Uma Vida]


 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Informação


Martin Amis

 
 

“A definição mediática de Martin Amis (n. 1949) foi automática no início da sua carreira: ele era o «bad boy da literatura inglesa», e continuou a sê-lo muito para lá do cronologicamente razoável. (Google-se a expressão «bad boy of english literature/english letters» e ainda se encontram dúzias de artigos, alguns publicados quando Amis já era cinquentenário.) Mas no princípio dos anos 90 algo aconteceu. O jornalismo britânico reagiu coletivamente como um anfitrião exasperado. O bad boy fictício cuja presença tolerara durante anos continuava ali, recusando levar a sua badboyness para outro sítio. Medidas de emergência foram tomadas e o bad boy foi reclassificado como bad man. Para validar a nova «personalidade», alguns factos foram apresentados: Amis abandonou a sua mulher; Amis despediu a sua agente; Amis zangou-se com um dos seus melhores amigos; Amis pediu fortunas pelos direitos de um novo romance; Amis queria dentes novos e um carro desportivo; Amis estava fora de controlo. A informação surgia em torrente, e as manchetes escreviam-se praticamente sozinhas. A Informação – o romance publicado em 1995, no meio desta tempestade tabloide – não se escreveu sozinho, mas o leitor na posse de toda a informação prévia pode sentir-se tentado a cometer várias falácias biográficas ao longo do caminho. Os temas, como sempre na ficção de Amis, são tão garridos como manchetes do Daily Mirror: sucesso e fracasso, os dramas mesquinhos da masculinidade, rivalidade, violência, humilhação. Mas se tudo isto é familiar, nunca antes parecera tão terrivelmente pessoal. A Informação não é autobiografia disfarçada, nem sequer um roman à clef, mas mais do que qualquer ficção de Amis, parece arrancada ao osso.”
Rogério Casanova, Revista Ler
 
«E depois há a informação, que é nada, e vem de noite.»
Martin Amis
 
A Informação, Martin Amis, Ed.Quetzal.

 



terça-feira, 21 de agosto de 2012

A Lista Imperfeita


 Admitindo a limitação provocada pelos 50 títulos desta lista, é inadmissível que dela não faça parte os Lusíadas de Luis Vaz de Camões, e o Livro do Desassossego de Fernando Pessoa. Uma escolha de 100 obras, permitia um leque mais vasto, e porque não incluir Os Sonetos Completos de Antero de Quental, ou, até mesmo Mau Tempo no Canal de Vitorino Nemésio.
50 livros que toda a gente deve ler

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Debaixo do Sol



«Caríssima D,

Bem, estou aqui há um mês, no sítio mais lindo que possas imaginar. Uma vista de oliveiras e ciprestes, uma ilhota e o mar. Há dias em que o céu está tão límpido e azul e o sol tão quente que podia ser junho. De vez em quando sopra um vento da Sibéria e o mar por baixo da minha janela agita-se. O local em que me encontro é ideal para escrever,»

Debaixo do Sol, As cartas de Bruce Chatwin escolhidas e editadas por Elizabeth Chatwin e Nicholas Shakespeare, Ed.Quetzal

«Nunca mostrava a ninguém o seu trabalho até se sentir satisfeito com ele, mas lia-mo em voz alta. Tudo devia fazer sentido e fluir com facilidade. As cartas são os únicos textos que ele não refez. Na sua opinião, escrever era uma labuta. Um computador facilitava-a em demasia.
E agora que a comunicação se tornou tão fácil e rápida com os telemóveis e o correio eletrónico, já ninguém escreve cartas. Não há apontamentos dos meninos da escola para guardar como se fossem tesouros e porventura não há cartas de amor nem relatos de viagens. Alguém imprime as comunicações que recebe para as conservar?
Por isso, as cartas de Bruce, que ele escreveu desde muito novo até ao fim da vida, constituem um derradeiro exemplo de uma forma tradicional de comunicação que agora pode desaparecer.»

Elizabeth Chatwun , Prefácio, Debaixo do Sol.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Humphrey Bogart




Era a cara que tinha e foi-se embora
mas nunca foi tão visto como agora
O seu olhar é água pura água
devassa-nos dá nome mesmo à mágoa
Ganhámo-lo ao perdê-lo. Não se perde um olhar
não é verdade meu irmão humphrey bogart?

Ruy Belo

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A Química das Lágrimas




«Julga-se que as máquinas não sentem. As almas não têm química e o tempo não tem fim. A nossa pele contém quatro milhões de receptores. É tudo o que sei. Amo-te. Aperto-te nos braços. Sentirei a tua falta para sempre.»
A Química das Lágrimas, Peter Carey, Gradiva


Londres 2010. Catherine Gehrig, conservadora no Museu Swinburne, sabe da morte inesperada do seu colega e amante de há treze anos.
Na sua condição de amante de um homem casado, tem de chorar essa perda em privado. O chefe do seu departamento, ciente do desgosto de Catherine, confia-lhe um projecto especial - reconstituir tanto a parte mecânica como a história de um autómato extraordinário e fantasmagórico.
Essa criatura é um quebra-cabeças mecânico, encomendado na Alemanha do século XIX por Henry Brandling, um inglês, como um «divertimento mágico» para o seu filho, vítima de tuberculose.
Associadas pelo misterioso autómato, as histórias de Catherine e Henry interligam-se no tempo para explorar os mistérios da vida e da morte, o milagre e a catástrofe da invenção humana, bem como a extraordinária química do amor e dos sentimentos.
Um autómato, um homem e uma mulher que nunca poderão encontrar-se, uma história de amor secreta e o destino do mundo em aquecimento adquirem vida e fulgor neste romance tocante e inesquecível de um dos maiores escritores do nosso tempo.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

100 Novels everyone should read by The Telegraph


Atonement



100 The Lord of the Rings by JRR Tolkien
99 To Kill a Mockingbird by Harper Lee
98 The Home and the World by Rabindranath Tagore
97 The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy by Douglas Adams
96 One Thousand and One Nights Anon
95 The Sorrows of Young Werther by Johann Wolfgang von Goethe
94 Midnight’s Children by Salman Rushdie
93 Tinker, Tailor, Soldier, Spy by John le Carré
92 Cold Comfort Farm by Stella Gibbons
91 The Tale of Genji by Lady Murasaki
90 Under the Net by Iris Murdoch
89 The Golden Notebook by Doris Lessing
88 Eugene Onegin by Alexander Pushkin
87 On the Road by Jack Kerouac
86 Old Goriot by Honoré de Balzac
85 The Red and the Black by Stendhal
84 The Three Musketeers by Alexandre Dumas
83 Germinal by Emile Zola
82 The Stranger by Albert Camus
81The Name of the Rose by Umberto Eco
80 Oscar and Lucinda by Peter Carey
79 Wide Sargasso Sea by Jean Rhys
78 Alice’s Adventures in Wonderland by Lewis Carroll
77 Catch-22 by Joseph Heller
76 The Trial by Franz Kafka
75 Cider with Rosie by Laurie Lee
74 Waiting for the Mahatma by RK Narayan
73 All Quiet on the Western Front by Erich Remarque
72 Dinner at the Homesick Restaurant by Anne Tyler
71 The Dream of the Red Chamber by Cao Xueqin
70 The Leopard by Giuseppe Tomasi di Lampedusa
69 If On a Winter’s Night a Traveller by Italo Calvino
68 Crash by JG Ballard  
67 A Bend in the River by VS Naipaul
66 Crime and Punishment by Fyodor Dostoyevsky
65 Dr Zhivago by Boris Pasternak
64 The Cairo Trilogy by Naguib Mahfouz
63 The Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde by Robert Louis Stevenson
62 Gulliver’s Travels by Jonathan Swift
61 My Name Is Red by Orhan Pamuk
60 One Hundred Years of Solitude by Gabriel García Márquez
59 London Fields by Martin Amis
58 The Savage Detectives by Roberto Bolaño
57 The Glass Bead Game by Herman Hesse
56 The Tin Drum by Günter Grass
55 Austerlitz by WG Sebald
54 Lolita by Vladimir Nabokov
53 The Handmaid’s Tale by Margaret Atwood
52 The Catcher in the Rye by JD Salinger
51 Underworld by Don DeLillo
50 Beloved by Toni Morrison
49 The Grapes of Wrath by John Steinbeck
48 Go Tell It On the Mountain by James Baldwin
47The Unbearable Lightness of Being by Milan Kundera
46 The Prime of Miss Jean Brodie by Muriel Spark  
45 The Voyeur by Alain Robbe-Grillet
44  Nausea by Jean-Paul Sartre
43 The Rabbit books by John Updike
42 The Adventures of Huckleberry Finn by Mark Twain
41 The Hound of the Baskervilles by Arthur Conan Doyle
40 The House of Mirth by Edith Wharton
39 Things Fall Apart by Chinua Achebe
38 The Great Gatsby by F Scott Fitzgerald
37 The Warden by Anthony Trollope
36 Les Misérables by Victor Hugo
35 Lucky Jim by Kingsley Amis
34 The Big Sleep by Raymond Chandler
33 Clarissa by Samuel Richardson
32 A Dance to the Music of Time by Anthony Powell
31 Suite Francaise by Irène Némirovsky
30 Atonement by Ian McEwan
29 Life: a User’s Manual by Georges Perec
28 Tom Jones by Henry Fielding
27 Frankenstein by Mary Shelley
26 Cranford by Elizabeth Gaskell
25 The Moonstone by Wilkie Collins
24 Ulysses by James Joyce
23 Madame Bovary by Gustave Flaubert  
22 A Passage to India by EM Forster
21 1984 by George Orwell
20 Tristram Shandy by Laurence Sterne
19 The War of the Worlds by HG Wells
18 Scoop by Evelyn Waugh
17 Tess of the D’Urbervilles by Thomas Hardy  
16 Brighton Rock by Graham Greene  
15 The Code of the Woosters by PG Wodehouse  
14 Wuthering Heights by Emily Bronte
13 David Copperfield by Charles Dickens  
12 Robinson Crusoe by Daniel Defoe
11 Pride and Prejudice by Jane Austen
10 Don Quixote by Miguel de Cervantes
9 Mrs Dalloway by Virginia Woolf
8 Disgrace by JM Coetzee
7 Jane Eyre by Charlotte Brontë
6 In Search of Lost Time by Marcel Proust
5 Heart of Darkness by Joseph Conrad  
4 The Portrait of a Lady by Henry James  
3 Anna Karenina by Leo Tolstoy  
2 Moby-Dick by Herman Melville
1 Middlemarch by George Eliot


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Um Século de Jorge Amado


1912-2012


"A solução dos problemas humanos terá que contar com a literatura, a musica, a pintura, enfim com as artes.
O homem necessita de beleza como necessita de pão e de liberdade. As artes existirão enquanto o homem existir sobre a face da terra. A literatura sera sempre uma arma do homem em sua caminhada pela terra, em sua busca de felicidade."
Jorge Amado




quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Longlist Man Booker Prize 2012


Estes são os 12 romances escolhidos para Man Booker Prize 2012.
A shortlist será conhecida em Setembro.

The Yips - Nicola Barker
The Teleportation Accident - Ned Beauman
Philida - Andre Brink
The Garden of Evening Mists - Tan Twan Eng
Skios - Michael Frayn
The Unlikely Pilgrimage of Harold Fry - Rachel Joyce
Swimming Home - Deborah Levy
Bring Up The Bodies - Hilary Mantel
The Lighthouse - Alison Moore
Umbrella - Will Self
Narcopolis - Jeet Thayil
Communion Town - Sam Thompson




quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Praia-Mar




Um livro de imagens pode ser um objeto estranho. As palavras não estão à vista nas páginas, e os leitores, habituados à presença de um texto que os leve pela mão, poderão sentir-se perdidos (um pouco como, quando chegamos a uma praia e procuramos o melhor lugar para nos sentarmos). É natural que tal aconteça: um álbum de imagens é um livro aberto, mais subjetivo, dado a múltiplas interpretações e , por isso mesmo também, um instrumento interessante para estimular a oralidade, a capacidade de interpretação, a imaginação.

Praia-Mar, Bernardo Carvalho, Planeta Tangerina.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Leitura de Viagem



«Leitura de viagem – uma designação genérica repleta de conotações de inferioridade. Encontra-se largamente divulgada a opinião de que o que se lê em viagens tem de ser do mais leve e superficial, balelas que ajudam a «passar o tempo». Eu nunca entendi semelhante atitude. É que, à parte o facto de a chamada literatura de entretenimento ser sem dúvida a mais aborrecida do mundo, não consigo descortinar por que motivo uma pessoa, logo numa ocasião tão solene e séria como a que representa uma viagem, deverá descer abaixo dos seus hábitos intelectuais e passar a satisfazer-se com futilidades.»
Thomas Mann, 1934.

Thomas Mann realizou dez viagens aos Estados Unidos. Na primeira navegou a bordo do Volendam. No decurso dessa viagem o escritor dedicou-se à leitura de uma edição em quatro volumes de Dom Quixote e ocupou-se ainda com a escrita de um diário, a que chamou Viagem Marítima com Dom Quixote, onde, por um lado, expressa opiniões -certeiras, iluminadas, inteligentes -sobre a obra de Cervantes, e, por outro, descreve a vida a bordo e narra pequenos incidentes. Um magnífico ensaio que testemunha o envolvimento de um grande escritor com a obra-prima de outro grande nome da literatura.

Viagem Marítima com D. Quixote, Thomas Mann, Ed. D.Quixote.




segunda-feira, 6 de agosto de 2012

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Leituras de Férias para os Políticos Açorianos




Com os nossos políticos de férias e a por as leituras em dia, aqui ficam algumas sugestões da livraria. Numa época de banhos mas com eleições à porta, tivemos o cuidado de sugerir leitura leve (light) porque precisamos dos nossos decisores em forma intelectual.
A elaboração desta lista não foi fácil, mas as dos candidatos de certeza que foram bem mais complicadas, por isso em relação aos ausentes não fiquem tristes, temos um título que ao sol e com esta humidade fica sempre bem, trata-se do livro de que toda a gente fala , Cinquenta Sombras de Grey de E.L. James. Quanto aos independentes chamados ao doloroso serviço público recomendamos um excelente guia para convertidos, Religião para Ateus de Alain Botton. 
Aos que não ficarem satisfeitos podem sempre recorrer ao LerAçores.
Boas férias e boas leituras.


Carlos César  Como Salvar a Minha Reforma – David Almas

Berta CabralA Solidão da Rainha -  Pilar Eyre

Vasco CordeiroA Guerra dos Tronos – G.R.R Martin

António CansadoNunca é Tarde Demais – Fern Michaels

Graça SilvaTeoria Geral do Esquecimento – José E. Agualusa

Duarte FreitasLivro do Protocolo – José de B. Serrano

Sérgio ÁvilaOlhos nos Olhos – Medina Carreira

Aníbal PiresDescubra  o Milionário Que Há em Si – Pedro Queiroga

Artur LimaUm Homem com Sorte – Nicholas Sparks

Francisco CoelhoO Céu Existe Mesmo – Lynn Vicent

José BolieiroGosto Disto Aqui – Kingsley Amis

José ContenteA Cidade Impura – Andrew Miller

José AndradeConfissões da Leoa – Mia Couto

António CordeiroPromessas Desfeitas – Penny Vincenzi

Joel NetoCaminhos da Fé – Dalai Lama

André BradfordVerão Quente – Domingos Amaral

Zuraida SoaresFala-me do Paraiso na Terra – Suzanne Ward

Miguel S. CorreiaAs Palavras do Corpo, antologia de poesia erótica – Maria Teresa Horta

Miguel BrilhanteOs Segredos do Convento – José de Mello

Catarina FurtadoA História não Acaba Assim – Miguel Sousa Tavares

Paulo EstevãoA Ilha do Silêncio  Nora Roberts

Ana Paula MarquesA Cabana – WM. Paul Young

Rui MatosTreine o Cérebro Use-o ou Perca-o – Vários

Teofilo Braga Linguagem Secreta dos Gatos – Heather  Dunfy

Lista eleborada pelos livreiros José Carlos Frias e Helena Frias.