terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Rir em Português


Nuno Costa Santos


"Aos leitores só pedimos que se divirtam a ler, se isso acontecer o objectivo estará cumprido."
Uma obra encomendada, há três anos, pela Texto Editora a Nuno Artur Silva, o director das Produções Fictícias, partilha com Inês Fonseca a autoria desta Antologia do Humor Português, que reúne textos humorísticos editados em livro a partir de 1969.
No lançamento na Casa Fernando Pessoa, Mota Amaral foi recordado a propósito desta data como “esse humorista profissional”. Em seguida Maria Rueff leu Natália Correia o soneto Ao Deputado Morgado, nem de propósito. Muitos elogios também ao nosso Nuno Costa Santos, considerado pelos apresentadores como o humorista mais português da nova geração, sendo lido vários aforismos Melancómicos.
Fazem parte da antologia nomes como: Mário - Henrique Leiria, Alexandre O’Neill, Cesariny, Luís Pacheco, Dinis Machado, Alberto Pimenta ou Mário de Carvalho. Diálogos de As Bodas de Deus de João César Monteiro, Coca Cola Killer bestseller do maestro António Victorino d’ Almeida, poemas de Adília Lopes, o Zezé e o Toni do livro da Treta, os Gatos Fedorentos e o Inimigo Público. Juntar todos estes nomes no mesmo livro, uma tal selecção só é possível na Antologia do Humor Português. Segundo Pedro Mexia esta obra tem uma respeitável concorrente, o livro de João Rendeiro ex-presidente do BPP com o título “invista com segurança”.
Investimento seguro será a leitura deste livro, com gargalhadas garantidas.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Arquipélago da Sonolência

António Lobo Antunes afirmou que os preços dos livros em Portugal "são indecentemente caros", após evocar e concordar com Tony carreira ( grande sábio ), que se diz um felizardo de ter o êxito que tem num país de apenas 10 milhões.
Depois deste elevado discurso, o incorrecto foi comparar Portugal com outros países da Europa, se olharmos para as nossas pequenas tiragens (que inveja do Tony) e precários hábitos de leitura, com consequências nefastas nos preços.
Falando de livros, leitores e preços, é urgente um sério estudo aos hábitos de leitura no Arquipélago dos Açores, instrumento fundamental para a política do livro na região.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

efemero

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

sábado, 20 de dezembro de 2008

sinos

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Discurso


A essência do discurso proferido ante a Academia Sueca, Jean-Marie Gustave Le Clézio, Nobel da literatura de 2008, prendeu-se com a preocupação do autor, em escrever para os que passam fome, e o seu desconforto em saber, que só os que têm muito para comer sabem da sua existência. A alienação dos escritores à falta de liberdade de expressão, num quadro global e a renúncia de mudarem o mundo, ficando-se por meras testemunhas do mesmo, a felicidade encontrada através da solidão como companhia, assim como a apologia do livro.
O Franco - Mauriciano dedicou especialmente o Nobel a Elvira, aventureira com fama de bêbada, indígena de uma tribo no Panamá, a onde ele viveu há cerca de trinta anos e presenciou “a mais autêntica expressão da arte”, personificada por esta mulher conhecida pelo talento para contar histórias. “era poesia em acção”. A literatura pode e deve existir mesmo sujeita a compromissos e convenções. Considerou que “ erradicar a fome e a iliteracia” são desafios correlacionados e os maiores da humanidade.
A terminar, Le Clézio evocou Heraclito: “ O reino pertence a uma criança”
C’est magnifique monsieur Le Clézio.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Segredos


Ao ouvirmos este nome, o nosso pensamento é de imediato ligado à maior Diva da ópera de todos os tempos. À sua monstruosa voz associamos emoções fortes, arrebatadoras de uma mulher que viveu cheia de glória, mas que sempre esteve envolta de mistério, solidão e tristeza, sendo por isso um fascínio para todos nós.
Cheio de curiosidades está este livro, agora editado pela Assírio & Alvim que ao longo das suas páginas, vamos descobrindo historias e paixões secretas de Callas, como por exemplo a arte da culinária . “ Cozinhar bem”, confidenciou certa vez Maria Callas, “é como criar. Quem gosta de cozinhar também gosta de inventar”.
Maria Anna Sophie Cecília Kalogeropoulos (verdadeiro nome de Callas), tinha um passatempo quase obsessivo: juntar receitas publicadas em revistas femininas e populares, transcritas pela sua própria mão. Agora o que não imaginam é que Callas nem sempre teve uma cintura de 59cm, a partir dos 30 anos foi obrigada a seguir uma dieta muitíssimo rígida, para que dos seus 108 quilos perdesse 40 num ano, sendo assim possível transformar-se numa Vestal de Spontini e pudesse vestir com charme as roupas que a sua couturiere lhe preparava, símbolos requintados de manequim.
Posso dizer que o livro valia por si só, pela recolha das lindíssimas fotografias de Maria Callas, cedidas pelo Teatro Nacional de São Carlos, mas como estamos em época natalícia deixo-vos com uma das receitas preferidas desta grande Diva.

O Meu Bolo
La torta mia
( receita anotada por Maria Callas)


2 chávenas de açúcar;
1 chávena de leite quente; 4 ovos;
2 chávenas de farinha; 2 colheres de café cheias
de fermento em pó ( ou levedura de cerveja);
1 pitada de sal

Bata as claras com metade do açúcar.
Noutro recipiente bata as gemas com o resto do açúcar até ganharem consistência. Acrescente o leite quente lentamente e, aos poucos, a farinha já peneirada juntamente com o fermento e o sal. Envolva bem todos os ingredientes.
Acrescente por fim as claras. A mistura deve ser colocada numa forma refractária com buraco no meio, e colocada no forno a uma temperatura moderada durante 50 a 60 minutos, até estar crescida e dourada. Tire imediatamente do forno e deixe dentro da forma num local protegido a correntes de ar.
Quando estiver fria, desenforme, passando a faca delicadamente entre a massa e a forma.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Menino Jesus


Presépios Na Ilha De São Miguel séculos XVIII/XIX, é um pequeno estudo sobre estas magníficas manifestações artísticas que decoram as nossas casas e igrejas na época natalícia.
A obra da autoria de José de Almeida Mello é uma excelente recolha dos mais belos presépios de S. Miguel do período Barroco.
Este livro profundamente ilustrado, com um excelente trabalho fotográfico de José António Rodrigues, será certamente um bom presente de natal.
Uma edição da Publiçor.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Party


Um século de vida de um cineasta, 77 anos de bom cinema. Já sei vão dizer:
génio em país pequeno, grande seca, obra incompreendida, muito lento, mestre do detalhe e salas vazias.
Manoel de Oliveira diz que publico são os urinóis, mas o que lhe interessa são os espectadores . João César Monteiro dizia “ o país tem (inexplicavelmente) um cineasta demasiado grande para o tamanho que tem. Portanto, das duas uma: ou alargam o território ou encurtam o cineasta.”
Toda a sua vida confunde-se com a história do cinema e por todas as boas razões marca um século.
Manoel de Oliveira conta com uma guarda de luxo no restritíssimo clube dos centenários ilustres em actividade. Acompanham-no a ele três grandes senhores:
Elliot Carter, compositor norte – americano nasceu no mesmo dia de Oliveira, grande nome e inovador da música do século XX, obteve dois pulitzer com as suas obras para orquestra. Claude Levi – Strauss, belga pai da antropologia estruturalista é um dos intelectuais do século, defendeu sempre não haver diferença entre as mentes selvagens e civilizadas. Visionário. Oscar Niemeyer é o mais velho dos génios criadores, faz já 101 anos. Arquitecto, projectou Brasilia e diz “ o que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida”, pensamento belo mas polémico como todos os seus projectos. Polémicos são estes senhores, mas têm obra viva, e só a morta não o é. Honra nossa sermos seus contemporâneos.
Festeje vendo “ Party” rodado em S. Miguel.,

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Não vou pensar mais nisso

Byblos nome da cidade fenícia Gebal, donde procedia o material no qual se escrevia na antiguidade. Tratava-se do Papiro (origem da palavra “Papel”) confeccionado a partir da planta de cana com o mesmo nome.
De Byblos foi baptizada a maior livraria do país durante um ano. “Um sonho transformou-se em pesadelo”, com estas palavras Américo Areal percebeu que a citação de Jorge Luís Borges, gravada nas paredes da sua mega livraria “Sempre imaginei que o paraíso é uma espécie de livraria”, nem sempre a imaginação é amiga da certeza.
Aqui fica para com todas as pessoas que lá trabalharam e que do seu esforço hoje nada fica, uma palavra de esperança, porque é preciso continuar a sonhar, pois o sonho comanda os guardadores de livros todos os dias, mesmo aqui.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Many Times


Juan Muñoz artista madrileno esteve intimamente ligado a Portugal, foi no Porto que seguiu os primeiros passos do Museu de Serralves, onde agora se encontra patente até ao final do mês de Janeiro uma retrospectiva da sua obra. Tinha como alguns dos seus maiores amigos portugueses Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis, e aqui sim uma curiosidade, Munõz adorava poesia, e o poeta que mais gostava de ler era Herberto Hélder, dando desta forma asas á sua imaginação para a criação das suas narrativas visuais.
Treze a Rir uns dos Outros são esculturas que podem ser vistas no Jardim da Cordoaria desta cidade, quatro grupos de homens esculpidos em bronze, dispostos em estruturas de aço ao longo do jardim, ao qual não podemos ficar indiferentes.
Mas é com Many Times, um impressionante conjunto de 100 figuras de homens chineses feitos em piléster e resina, que deixam o meu olhar desconcertado, e o meu cérebro em perfeita ebulição.
O que será que estão a dizer? De que se riêm? Que espaço é aquele?
Estas são perguntas que me ponho, quando fico a ver aqueles homenzinhos, sim homenzinhos, porque Muñoz oferece ao leitor através do seu trabalho criativo da escultura, com base sempre na figura humana, uma escala inferior à real, num jogo entre a ilusão e a realidade.
Juan Muñoz é considerado um dos mais importantes escultores das últimas décadas.
Morreu com apenas 48 anos em Agosto de 2001.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Desassossego



Livro do Desassossego de Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa, será levado ao cinema pelo cineasta João Botelho a filmar no próximo ano uma curta versão do livro. Explica o realizador estar apaixonado pela teoria: quando nós não conseguimos explicar o génio, atribuímo-lo à divindade. Do mesmo realizador já está disponível em DVD o filme de 1982, Conversa Acabada, sobre a amizade de Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro, a não perder.
Num desassossego está o cinema português, depois de insucessos de bilheteira e más críticas em filmes como a Arte de Roubar, Entre os Dedos e antes com Mal Nascida.
Para inverter a tendência de falta de publico, estreia hoje o block-buster português realizado por Carlos Coelho da Silva, produzido pela VC Multimédia, Amália.
A interpretação pela desconhecida Sara Barata Belo da nossa diva do fado, cuja a sua parecença física impressiona, dá à sua representação vitalidade e carisma.
A terminar o ano em que Manoel de Oliveira comemora um século, será uma estranha forma de vida o cinema português?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Um Elefante em Belém


Salomão de seu nome, magnífico exemplar de elefante Asiático deslumbrará Belém no seu lançamemto e apresentação no CCB.
Acontecimento literário com critica rendida aos dotes do nosso Nobel, peso pesado da literatura mundial, anunciado com Spot de TV em Prime-Time.
Não fosse a Leya repetir o ensaio sobre a sala vazia, com que foi o nobelizado Lobo Antunes contemplado a semana passada no seu lançamento.
José Saramago depois de merecer a Casa dos Bicos em Lisboa, com a sua fundação, gerida pela Pilar que não deixou que ele morresse, sendo assim possível acabar este excelente livro A Viagem do Elefante, digno das estrelinhas todas do Expresso ao Publico.
Este presente para o Arquiduque de Viena é também uma dádiva para leitores e livreiros.
Uma estrela em Belém, é caso mesmo para dizer “Sempre chegamos ao sítio a onde nos esperam"

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Precisamente


"De cada vez que, a propósito de livros se começa a dramatizar, fico sempre com brotoeja.
O Amor pelos livros, o Ódio aos livros, a Fúria da leitura…Palavra! "


George Steiner, O Silêncio dos livros

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sabores

Inaugurou ontem a mais deliciosa confeitaria açoriana, no Centro Comercial Sol Mar, bem em frente à nossa livraria a Colmeia Confeitaria. Um espaço de requinte e sofisticação, onde os aromas e sabores dos maravilhosos doces, pães, chocolates tudo fabrico próprio, põe as pupilas gustativas de qualquer um em estado de delírio.
Um autêntico favo de mel concebido pelo arquitecto Fernando Monteiro, vai ser com toda a certeza mais um espaço de referência e qualidade no panorama gastronómico açoriano a que já nos habituou Fernando Neves.
Parabéns.

sábado, 15 de novembro de 2008

Antero de Quental

"(...)"Antero referia-se aos testemunhos da passagem dos portugueses por lá como "migalhas da nossa história que deixávamos cair prodigamente por todo esse Oriente".
Do conjunto dos seus escritos em prosa - da mais bela de toda a literatura portuguesa - também ele deixou cair prodigamente algumas migalhas, como estas "notícias" para a Revista Ocidental.
Mais do que a sua vida, quantas vezes envolta em fantasiosa narrativa próxima da pura ficção sensacionalista, importa conhecer-lhe a obra. É por ela e com ela que Antero de Quental se imortalizou literariamente, fazendo parte daqueles sete ou oito nomes que cada século selecciona como seus representantes máximos."

Ana Maria Almeida Martins, do Prefácio

" É assim que o activo touriste atravessou grande parte da Europa, em menos de 50 dias(...). Nestes 46 dias viu Madrid, Paris, Roma, Veneza, Viena de Áustria e boa parte da Alemanha. Chama-se a isto andar depressa, e a viagem faz honra ao sistema de viação acelerada!(...)

Antero de Quental sobre Viagens: Espanha e França, de Luciano Cordeiro

Uma edição da Tinta da China

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Até Já

Durante uma semana

domingo, 26 de outubro de 2008

10 Anos depois

José Cardoso Pires
O burro-em-pé
ilustrações de Júlio Pomar
Edição da Moraes de 1979

" Era pequenino, o lisboeta típico que, como a maior parte dos lisboetas, vem da província. Tinha a noção da extrema complexidade que a mínima palavra levantava, um enorme respeito pelo objecto palavra. O Zé era um contador de histórias magnífico e só uns quantos eleitos conheceram isso. A diferença entre o contador e o escritor é abissal. O seu sentido de seriedade e de gravidade era por vezes inibitório."

Júlio Pomar

Extraido da sessão A minha memória de José Cardoso Pires, na Casa Fernando Pessoa.


quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Novo Livro de José Saramago

A Viagem do Elefante
Em Novembro nas Livrarias

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um Mimo Inclinado



"O carrinho do Bobby, certo dia,
ladeira abaixo se escapou;
a ama, em gritos, acodia,
o Bobby, folgão, disparou."

Este é um magnífico clássico da literatura infantil editado pela primeira vez em 1910, provocador no seu formato e delicioso no seu conteúdo.

Uma edição da Orfeu Negro.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ontem em Londres

Man Booker Prize 2008

O jovem escritor indiano Aravind Adiga (33 anos) venceu com o seu primeiro livro, The White Tiger, um dos mais prestigiosos prémios do mundo. Ficamos a aguardar a sua publicação em Portugal.

O Arquipélago Da Insónia

"...o livro não tem personagens, não conta histórias. Cada vez mais os livros sou eu. Nem sei se sou eu. O que eu queria era pôr a vida inteira lá dentro. Os livros não são seus. É como os filhos: também não são nossos. Também não são de mais ninguém. São deles mesmos, se forem."


Antonio Lobo Antunes
Entrevista a Anabela Mota Ribeiro
Publico

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Ultima Hora

Nobel da Literatura foi atribuido ao escritor frânces
Jean Marie Gustave Le Clezio
Le Clezio é considerado "explorador de uma humanidade
para além da civilização reinante"

sábado, 4 de outubro de 2008

Livro Um - E Cabras


pedra a pedra, calca a nostalgia
da escarpa; do ranger fundo das águas,
as pistas do dia
que se erguem ao seu encontro
vertical, com a cor instável
da aurora sobre a urze.
Renata Correia Botelho

1 Pintor 2 Poetas

21 HAIKU COM ASAS, URBANO, E CABRAS
Renata Botelho - Emanuel Jorge Botelho - Urbano

Este é o título da obra composta por três livros, com imagens de Urbano e textos de Renata Correia Botelho e Emanuel Jorge Botelho, editados pela Galeria 111.
É concerteza um livro objecto de grande qualidade e beleza, que engloba o que eu diria um trio invejável onde a arte comunga com a escrita em perfeita sintonia. O primeiro livro apresenta-nos poemas de Renata Botelho ( considerada um novo talento da poesia a nível nacional ), sobre as imagens de animais de quadros do pintor micaelense Urbano, bem como os outros dois livros com textos do poeta Emanuel Jorge Botelho, que engloba uma recolha dos trabalhos do artista desde 1993 a 2005.
Esta será uma lindissima aquisição, em qualquer altura , na Livraria SolMar e na Galeria Fonseca e Macedo em Ponta Delgada.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dinis Machado 1930-2008


" Ó país de cristal, que longe eu estou,
dava um ano de ordenado por um momento
da minha inocência perdida."
(molero, a páginas zero)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ADEUS PREÇO FNAC

Fnac passa a todos um cartão de descrédito. O que era uma vantagem, deixou de o ser a partir de hoje.
O golias entrou em crise, e cegou do unico olho que tinha, que era 10% desconto nos livros.
Falta honestidade e humildade para reconhecer tal.
A grande desilusão no reino dos coletes verdes.
C'est trés jolie, viva às livrarias independentes.

A NÃO PERDER

URBANO "AS ÚLTIMAS FLORES"
Amanhã dia 2 de Outubro na Fonseca e Macedo pelas 18.30, inaugura a nova exposição de pintura de Urbano.

sábado, 27 de setembro de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A Faca Não Corta o Fogo


O novo livro de Herberto Helder, o maior poeta português vivo, é já considerado o acontecimento literário do ano
Uma edição da Assírio & Alvim.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Frank Lloyd Wright e Mamah Cheney



Tenho estado imóvel ao lado da vida, vendo-a passar por mim. Quero mergulhar no rio.
Quero sentir a corrente.
Assim escreveu Mamah Borthwick Cheney no seu diário ao tentar justificar o caso amoroso clandestino que viveu com Frank Lloyd Wright. Quatro anos antes, em 1903, Mamah e o marido Edwin tinham contratado o famoso arquitecto para lhes desenhar uma nova vivenda. Durante a construção da casa, uma poderosa atracção desenvolveu-se entre Mamah e Frank, e, por fim os amantes, ambos casados e com filhos, lançaram-se num caminho que iria chocar Chicago e alterar para sempre as suas vidas.
Neste inovador romance histórico, factos e ficção misturam-se de modo brilhante. Baseando-se em anos de pesquisas, Nancy Horan consegue entretecer factos pouco conhecidos numa empolgante narrativa, retratando com vivacidade os conflitos e a porfia de uma mulher de força a escolher entre os papéis de mãe, esposa, amante e intelectual.
A Mamah apresentada pela autora é uma mulher que procura encontrar o seu próprio lugar na vida e desenvolver a sua capacidade criadora, e relata a sua jornada inesquecível, assinalada por decisões que vieram modificar as suas noções do amor e da responsabilidade, conduzindo inexoravelmente à espantosa conclusão deste romance.
A Autora:
Nancy Horan é escritora e jornalista. Os seus artigos têm aparecido em diversas publicações.
Querido Frank , é o seu primeiro romance, ao qual dedicou sete anos da sua vida.
Viveu a maior parte do tempo em Oak Park, no Illinois, até se mudar recentemente para uma ilha em Puget Sound, dedicando-se agora por inteiro à escrita.
Numa edição da Difel este é um romance a não perder.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Prémio Nobel na Blogosfera

Chama-se ' O Caderno de Saramago ' . Na página oficial da Fundação José Saramago, está anexado o blogue, onde o escritor irá de vez em quando escrever, para comentar, expressar e reflectir acontecimentos.
A seguir com atenção.

Poderoso e Desconcertante


Os Detectives Selvagens de Roberto Bolãno é já considerado pela crítica literária como um dos livros do ano.

Autor :

(1953-2003), nascido no Chile, narrador e poeta, impôs-se como um dos maiores escritores latino-americanos do nosso tempo. Autor dedicado à investigação, levada às ultimas consequências, em torno da linguagem e da sua componente literária, Bolãno compõe um gigantesco fresco geracional que cruza tempos e geografias várias num ritmo narrativo de muitos fôlegos onde é visível o virtuosismo no uso de figuras e técnicas literárias, em linguagem.


O Livro:

Arturo Belano e Ulisses Lima, os detectives selvagens, procuram a pista de Cesária Tinajero, a misteriosa escritora desaparecida no México nos anos imediatamente a seguir à Revolução, e essa busca - a viagem e as suas consequências - prolonga-se durante vinte anos, desde 1976 até 1996, o tempo canónico de qualquer errância, bifurcando-se através de múltiplos personagens e Continentes num romance onde há de tudo:
amores e mortes, assassinatos e fugas turísticas, manicómios e universidades, desaparições e aparições.
Os seus cenários são o México, a Nicarágua, os Estados Unidos, a França, a Espanha, a Áustria, Israel, África, acompanhando sempre os detectives selvagens.
Publicado pela Teorema.

domingo, 14 de setembro de 2008

Filosofia

O maior prazer de um homem inteligente é passar por idiota diante do idiota que quer passar por inteligente.
Confúcio ( filosofo chinês )

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

MUITO EM BREVE

ACORDAR - DESPERTAR


terça-feira, 15 de julho de 2008

Uma Boa Leitura


O Livro:
Deram a volta ao largo. Do lado da lá da bomba, o camarada VendedorDeGasolina fez adeus como sempre fazia apesar de as pessoas estarem tão perto, não sei, cada um pode fazer e gastar quantos adeuses quiser, mas eu acho que adeus é para fazer mais assim numa ocasião de despedida tipo uma viagem longa, como quando alguém vai de avião para outro país internacional, ou mesmo que seja província mas que demore mais que quinze dias, ou faz-se adeus de muito longe quando a voz não chega nem mesmo gritada de doer a garganta, ou se for como nos filmes dos navios grandes que ás vezes até afundam, vale a pena ir ao porto fazer adeus com lenço ou sem lenço, com lágrimas ou sem chorar, mesmo existem pessoas que gostam de fazer adeus a rir, mesmo com a vontade de chorar escondida, porque aquele que vai embora já vai triste de ir para longe, não precisa mais de levar as nossas lágrimas de fazer para longe, não precisa mais de levar as nossas lágrimas de fazer adeus assim demorado, ou então, se é uma pessoa que se gosta muito dela e ela vai partir, mesmo que seja poucos dias, talvez dê para fazer um pequeno adeus mas não tão estrondoso e quase a imitar o camarada polícia sinaleiro como o VendedorDeGasolina fez para a minha Avó, ainda por cima, eu devia mesmo lhe dizer depois, nunca se faz um adeus tão grande a uma pessoa que está a chegar a casa, mas não vale a pena explicar mais, muitos mais-velhos não entendem nada dessa coisa de fazer adeus.
Autor:
Ondjaki nasceu em Luanda em 1977. Prosador. Às Vezes poeta. Escreve para o cinema e co-realizou um documentário sobre a cidade de Luanda ( Oxalá Cresçam Pitangas – Histórias de Luanda). É membro da União de Escritores Angolanos. É licenciado em Socilogia. Está traduzido em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês e chinês.

FOI SÓ

DESCANSO DESCANSO DESCANSO

terça-feira, 1 de julho de 2008

Agradável Surpresa

O livro
Os homens têm memória, alimentam-se de histórias, e as que mais marcam são aquelas que determinam a vida dos nossos antepassados.
Esta é a história de uma família, os Palma Lobo. Bisavô, avô, pai e filho. Roberto, Álvaro, Jorge e Salvador. Nomes diferentes, mas o mesmo sangue e muito em comum: mulherengos, excêntricos, excessivos, todos marcados pela loucura e tortura da paixão. Foram todos homens invulgares sempre dominados por paixões privadas, amores e loucuras, e era nesse círculo íntimo do coração e do sexo que a sua se destina a viver e a terminar. Passando por Moçambique, Angola, Lisboa, Alentejo e Brasil, a sua vida é uma epopeia à espera de ser revelada.


" Eis um romance extraordinariamente estruturado, coerente, seguindo uma progressão organizada e de uma delicadeza envolvente."


Expresso

O Autor
Domingos Amaral filho de Freitas do Amaral, nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Clúmbia, em Nova Iorque, decidiu seguir a sua carreira como jornalista.
Enquanto Salazar Dormia (2006), este ultimo já editado no Brasil e na Polónia.

terça-feira, 17 de junho de 2008

120 Fernando Pessoa


Esta é uma antologia da poesia de Fernando Pessoa que se pretende ao alcance de todos: crianças e adultos. Nela se reúnem não só os poucos e por vezes divertidos poemas que escreveu para crianças, mas também outros cuja leitura é acessivel aos mais jovens.
Uma edição da Porto Editora, muitissimo bem ilustrada por António Modesto com selecção e organização de José António Gomes.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Com Prazer

Novo livro de Mia Couto acabou de chegar a todas as livrarias continentais. Venenos de Deus, Remédios do Diabo esta é sem dúvida a minha proxima leitura, mas temos que esperar pelo menos mais alguns dias para a sua chegada á SolMar.
É sempre uma alegria para nós livreiros quando sai um novo romance de Mia Couto, não só por ser um grande escritor, mas também por ser uma pessoa extraordinária com a qual já tivemos o prazer de privar.
Esta edição mostra-se gráficamente muito bem, fugindo ás tradicionais capas que a Caminho vinha fazendo, embora no seu anterior romance já se tinha verificado essa mudança. E depois, o excelente título que não lembra ao diabo, um inteligente trocadilho muito á maneira de Mia Couto.
Caros leitores aqui está o regresso de uma das mais importantes vozes da língua portuguesa e da literatura africana da actualidade. Boas leituras.
Parabéns Mia.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Só Podia Ser Na Minha Terra


Os meus compadres são gente mesmo esperta. E esta hein?

Vários Sentidos


LUSOFONIA

" rapariga: s. f; de rapaz; mulher nova; moça; menina: (Brasil), meretriz.

Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena do café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o
atlântico para desembarcar no rio de Janeiro. E isto tudo
sem pensar em áfrica, porque lá terei
de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem cafés ao balcão."

Nuno Júdice
A matéria do poema

Todas as palavras que estão em minusculas, estão transcritas tal e qual, não é erro.


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Saiu Ontem



Nº 2 da Revista Ler

terça-feira, 27 de maio de 2008

Novo Livro


A Editora Artes e Letras chancela da Livraria SolMar promove o lançamento do seu novo livro, O Carcereiro da Vila e outras estórias da autoria de Tomaz Borba Vieira, no próximo dia 31 de Maio pelas 18.00h no auditório da Câmara Municipal de Lagoa.
Trata-se de um livro de contos e desenhos em que o autor remete o leitor a reencontrar a arte de contar estórias, numa narrativa cuidada de casos e acasos, com um intenso cariz açoriano e ilustrados com profunda mestria.

Como diz o escritor Onésimo Teotónio de Almeida, a propósito deste livro:
“São narrativas cuidadas, cheias de informação, de atenção a pormenores psicológicos, além de com uma impecável atitude em relação a personagens saídas de meios simples, como são as freguesias da ilha. O narrador consegue mergulhar nelas e descobrir-lhes riquezas que passam ao lado de tanta gente.”

domingo, 25 de maio de 2008

CONVITE


O Presidente da Câmara Municipal de Lagoa e a Livraria SolMar têm o prazer de convidar V.ªEx.ª e família para o lançamento da obra Tomaz Borba Vieira, O Carcereiro da Vila e outras estórias edição Artes e Letras.
A sessão realizar-se-á no proximo dia 31 de Maio de 2008, pelas 18.00h no auditório da Câmara Municipal de Lagoa
A obra será apresentada por José Maria de França Machado.
Em simultâneo será inaugurada uma exposição de desenhos de Tomaz Borba Vieira cuja venda reverte na totalidade para o Lar da Mãe de Deus.

domingo, 18 de maio de 2008

Pensamentos Indiscretos

" Em literatura e em arte, é fácil os criadores medíocres tornarem-se também largamente apreciados, pois encontram sempre uma multidão de potenciais admiradores que não estão sequer à altura de tal mediocridade e cujos gostos ou curiosidades podem ser seduzidos. o êxito está muito longe de ser sinónimo de talento, excepto na discutível arte de dar nas vistas."

Considerações Sobre Literatura e Arte
Rui Valada

Feira do Livro de Lisboa


Tendo seguido atentamente pelos meios de comunicação todas as notícias sobre a Feira do Livro de Lisboa, isto só faz lembrar esta brincadeira:
Bem me quer, Mal me quer, Bem me quer, Mal me quer…………
Onde será que vai acabar a última pétala???
Vamos aguardar pois é tudo tão paupérrimo e triste, que não há pachorra para fazer comentários. Já para não falar do famoso Acordo Ortográfico.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

CONVITE


Lançamento na SolMar


José Manuel Motta de Sousa
Colectânea
Cronistas e Viajantes Secs. XVI - XIX
(1ª e 2ª Décadas)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Trabalho Do Pintor


“Fecho as pálpebras. Imagino que pego nos pincéis.
Anoitece. Dentro de mim tudo parece dobrar-se num torvelinho para o interior húmido da penumbra. Lá fora, as cidades fingem acender-se, ou incendeiam-se sem que eu dê por isso. Vestem-se como uma poalha de ouro, irreal, e queimam lentamente o último sono dos noctâmbulos. Fecho com mais força as pálpebras. E de noite da memória crescem, então, estas criaturas. Mostram-me os misteriosos rostos ainda sulcados de sono. Esboçam sorrisos ao canto dos lábios. Erguem-se, movem-se depois, com leveza etérea. Vão pela noite. Enleiam os corpos na trepidação da música, nos intermitentes brilhos das pistas de dança. Embriagam-se. Alucinam. Desgastam hoje o que a noite de ontem deixou que lhes sobejasse do corpo. Vibram, entre desejos de outro corpo e as súbitas derrotas do nocturno amor. Entre esperas quase desérticas e a sedução de um gesto inesperado. São criaturas nem tristes nem alegres. Vivas, apenas vivas e deambulam. Perdem o olhar por entre exíguos espaços de pele sob os dedos. Esperam talvez o amanhecer. Estáticos e sós, muito sós. Entram pela alba adentro de repente. Exaustos, perdidos. Abandonados oferecem-se, e adormecem… Abro os olhos e pinto. Trabalho até que a brancura lisa da tela, a pouco e pouco, cresça e alastre a imensa ausência….”

Al Berto
DISPERSOS

terça-feira, 29 de abril de 2008

Liberdade de Escolha



" Era uma livraria que vendia um único livro. Havia 100 mil exemplares numerados do mesmo livro. Como em qualquer outra livraria os compradores demoravam-se, hesitando no número a escolher."

O Senhor Brecht

Gonçalo M. Tavares

sexta-feira, 25 de abril de 2008