quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Os Livros

Escultura de Anselm Kiefer


Os Livros

É então isto um livro,
este, como dizer?, murmúrio,
este rosto virado para dentro de
alguma coisa escura que ainda não existe
que, se uma mão subitamente
inocente a toca,
se abre desamparadamente
como uma boca
falando com a nossa voz?
É isto um livro,
esta espécie de coração (o nosso coração)
dizendo ‘eu’ entre nós e nós?

Como se Desenha uma Casa de Manuel António Pina, Ed. Assírio Alvim.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Novo Livro de Nuno Costa Santos




«Sou o Fernando Assis Pacheco, 41 anos, um pasmado sem cura. Tudo me espanta, gramo a vida, quero morrer mais lá para o Verão.» Assim respondia Assis à pergunta «quem és tu?», feita por Rogério Petinga na edição de 13 de Novembro de 1978 do jornal «A Luta». A entrevista, surpreendente e desconcertante, continua no mesmo registo. Às perguntas «Consideras‑te deprimido, introvertido, extrovertido, calmo, fogoso? A que signo pertences? Dás‑lhes importância?», Assis Pacheco responde desta maneira chã: «A partir do fim: sou Aquário, mas não ligo peva. Sou todos os adjectivos da pergunta, mas também inteligente, esquizóide, reinadio, arrebatado, ponderado e extravagante, embora à vez, para não chatear o indígena.»
(do capítulo «Um pasmado sem cura»)


«Por ser verdadeira, é maravilhosa esta biografia. Leia-a e conheça alguém que soube aumentar a vida: dele e de cada um que o lia e conhecia. Assis era um poeta, jornalista e amigo. Era um escritor em todos os sentidos. Nuno Costa Santos trouxe-o outra vez à vida.»
Miguel Esteves Cardoso

Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco,
Nuno Costa Santos, Ed. Tinta da China, 2012
.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Os Mais Vendidos em 2011 na SolMar



Dicionário Sentimental da Ilha de S. Miguel de A a Z, Fátima Sequeira Dias, Ed. Publiçor

O Último Segredo, José Rodrigues dos Santos, Ed. Gardiva.

O Céu Existe Mesmo, Lynn Vincent,Todd Burpo, Ed. Lua de Papel

O Ciclo do Livro, Mariana Magalhães, Cristina Quental, Sandra Serra, Ed. Gailivro.

Acordo Ortográfico, Ed. Porto Editora.

Os Melhores de 2011 - Açorianos



A História do Povo Açoriano, José Maria Teixeira Dias, Ed. Publiçor.

Os Açores na Política Internacional, José Medeiros Ferreira, Ed. Tinta da China.

O Peso do Hífen, Onésimo Teotónio de Almeida, Ed. ICS.

Indiferença, Rui Jorge Cabral, Ed. Governo Regional dos Açores.

O Rochedo que Chorou, João Pedro Porto, Ed. Publiçor.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os Melhores de 2011 - Ficção



O Retorno, Maria Dulce Cardoso, Ed. Tinta da China.

As Luzes de Leonor, Maria Teresa Horta, Ed. Dom Quixote.

A Vida e Destino, Vassili Grossman, Ed. Dom Quixote.

O Mapa e o Território, Michel Houellebecq, Ed. Objectiva.

Ferrugem Americana, Philipp Meyer. Ed. Bertrand.

Dublinesca, Enrique Vila – Matas, Ed. Teorema.

Ponto Ómega, Don Delillo, Ed. Sextante.

Liberdade, Jonathan Franzen, Ed. Dom Quixote.

Museu da Rendição Incondicional, Dubravka Ugresic, Ed. Cavalo de Ferro.

O Sentido do Fim, Julian Barnes, Ed. Quetzal.

Os Melhores de 2011 - Não Ficção




Viver no Fim dos Tempos, Slavoj Zizek, Ed. Relógio D’Água.

O Mundo está Cheio de Deuses, João Barrento, Ed. Assírio Alvim.

Crítica da Razão Cínica, Peter Sloterdijk, Ed. Relógio D’ Água.

Memórias da II Guerra Mundial, Winston S. Churchill, Ed. Texto Editores.

História Económica de Portugal, Vários. Ed. Esfera dos Livros.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Os Melhores de 2011 - Poesia




Poesia, Saudade da Prosa, Manuel António Pina, Ed. Assírio & Alvim.

Antologia Açoriana, João Miguel Fernandes Jorge, Urbano, Ed. Governo Regional dos Açores.

Dois Poetas e Um Pintor, António Teves, Emanuel Jorge Botelho, Urbano, Ed. Artes e
Letras.

Em Caso de Tempestade Este Jardim Será Encerrado, Inês Dias, Ed. Tea For One.

Nervo, DiogoVaz Pinto, Ed. Averno.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os Melhores de 2011 Infantil - Juvenil



Grande Coisa de William bee, Ed. Planeta Tangerina.

Um Dia, Um Guarda-Chuva de Davide Cali e Valerio Vidali,
Ed. Planeta Tangerina

Estrambólicos de José Jorge Letria, Ed. Pato Lógico.

Diário de Um Banana, A Verdade Nua e Crua de Jeff Kinney,
Ed. Booksmile.

Herança de Christopher Paolini, Ed. 1001 Mundos
.

Os Melhores 2011


A Livraria SolMar Artes e Letras elegeu os melhores livros editados em 2011. A partir de hoje e até ao fim desta semana, divulgaremos as nossas escolhas nas categorias; Infantil – Juvenil, Poesia, Ficção, Não Ficção, e os Livros Açorianos que mais se destacaram.
Publicaremos também a lista dos mais vendidos na nossa livraria no ano transacto.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Europa Desencantada

"Construir a Europa por irresistível pressão das forças económicas e uma lógica que é hoje planetária, como sonâmbulos, não é projecto que entusiasme ninguém. Uma utopia europeia assumida só é digna de ser vivida como vitória da Europa sobre a Europa, da ficção de si mesma que, consciente ou inconscientemente, tem condicionado o seu destino, contra a sua realidade. Em suma, do triunfo da sua sublime não- identidade sobre os fantasmas da sua alucinada identidade."

Eduardo Lourenço, Prémio Pessoa 2011.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Bel -Ami


Georges Duroy, de alcunha Bel-Ami, é um homem jovem e de belo físico. Um encontro ocasional mostra-lhe o caminho da ascensão social. Apesar da sua vulgaridade e ignorância, consegue integrar a alta sociedade apoiando-se nas amantes e no jornalismo.
Cinco mulheres vão sucessivamente iniciá-lo nos mistérios da profissão, nos segredos da vida mundana e assegurar-lhe o êxito ambicionado. Nesta sociedade parisiense, em plena expansão capitalista e colonial, a Imprensa, a política e a finança estão estreitamente ligadas. E as mulheres educam, aconselham e manobram na sombra.
Mas, por trás das combinações políticas e financeiras e do erotismo interesseiro, está a angústia que até um homem como Bel-Ami transporta consigo.
Bel-Ami é um dos romances mais vezes transposto para o cinema.
Em 2011 os realizadores Declan Donnellan e Nick Ormerod rodaram um novo filme, com os actores Robert Pattinson (no papel de Georges Duroy), Uma Thurman (Madeleine Forestier), Kristin Scott Thomas (Virginie) e Christina Ricci (Clotilde).

Bel-Ami de Guy de Maupassant, Relógio D’Água.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ilha Negra

Ilha Negra, Catarina Branco


« Já percebi que o que as ilhas têm de mais belo e as completa é a ilha que está em frente»

Raul Brandão, As Ilhas Desconhecidas.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

100 Anos de Jorge Amado





« Mirou a sereia, seu rabo de peixe. Assim era a anca de Gabriela. Mulher tão de fogo no mundo não havia, com aquele calor, aquela ternura, aqueles suspiros, aquele langor.(...)
Parecia feita de canto e dança, de sol e luar, era de cravo e canela.»

Jorge Amado, Gabriela, Cravo e Canela.

Nascido em 1912, um dos mais importantes escritores da língua portuguesa, Jorge Amado, os seus livros foram traduzidos em 49 idiomas. Entre eles estão romances memoráveis como “Gabriela, Cravo e Canela”, “Capitães da Areia”, “Dona Flor e Seus Dois Maridos”. Prémio Camões em 1994, o seu nome foi falado em várias ocasiões para o Nobel.
O seu génio ficara para sempre no nosso imaginário, com os seus livros, e com, a famosa telenovela Gabriela.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Prémio D. Dinis 2011

« A atmosfera que se respira é, no que diz respeito a exigências literárias, bastante rarefeita e com alguns acentos de irritante futilidade, como é o caso do sucesso da “Marquesa de Alorna”,
De Maria João Lopo de carvalho, em detrimento de “ As Luzes de Leonor” , de Maria Teresa Horta ( dois livros sobre a Marquesa de Alorna publicados com pouco tempo de intervalo”.

António Guerreiro in Expresso.

Maria Teresa Horta foi distinguida com o Prémio Literário D. Dinis 2011, pelo o livro “ As Luzes de Leonor”.

Saldos


Ada ou Ardor « é o livro pelo qual eu gostaria de ser lembrado depois da minha morte.»
Estas palavras de Vladimir Nabokov dizem bem da importância que o autor atribuía a este livro. Na verdade, se Lolita o levou ao topo da fama em todo o mundo, Ada ou Ardor é uma das obras que melhor espelham as extraordinárias qualidades que o consagraram como um dos nomes maiores das letras do século XX.
Este é um, entre muitos títulos que fazem parte da secção de saldos, aberta hoje, na nossa livraria. Grandes obras como Ada ou Ardor por apenas 3€. Não perca esta oportunidade.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Fernando Assis Pacheco por Nuno Costa Santos



Um Campo Batido pela Brisa

A tua nudez inquieta-me.

Há dias em que a tua nudez
é como um barco subitamente entrado pela barra.
Como um temporal. Ou como
certas palavras ainda não inventadas,
certas posições na guitarra
que o tocador não conhecia.

A tua nudez inquieta-me. Abre o meu corpo
para um lado misterioso e frágil.
Distende o meu corpo. Depois encurta-o e tira-lhe
contorno, peso. Destrói o meu corpo.
A tua nudez é uma violência
suave, um campo batido pela brisa
no mês de Janeiro quando sobem as flores
pelo ventre da terra fecundada.

Eu desgraço-me, escrevo, faço coisas
com o vocabulário da tua nudez.
Tenho «um pensamento despido»;
maturação; altas combustões.
De mão dada contigo entro por mim dentro
como em outros tempos na piscina
os leprosos cheios de esperança.
E às vezes sucede que a tua nudez é um foguete
que lanço com mão tremente desastrada
para rebentar e encher a minha carne
de transparência.

Sete dias ao longo da semana,
trinta dias enquanto dura um mês
eu ando corajoso e sem disfarce,
ilumindo, certo, harmonioso.
E outras vezes sucede que estou: inquieto.
Frágil.
Violentado.

Para que eu me construa de novo
a tua nudez bascula-me os alicerces.

Fernando Assis Pacheco, A Musa Irregular.


Nuno Costa Santos escreveu a biografia “ Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco”, a editar pela Tinta da China, no início deste ano, paixão antiga, trabalho árduo.
Esta será uma leitura a não perder.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O Ano de Shakespeare


"When in disgrace with fortune and men's eyes
I all alone beweep my outcast state,
And trouble deaf heaven with my bootless cries,
And look upon myself, and curse my fate,
Wishing me like to one more rich in hope,
Featured like him, like him with friends possess'd,
Desiring this man's art, and that man's scope,
With what I most enjoy contented least;
Yet in these thoughts myself almost despising,
Haply I think on thee,—and then my state,
Like to the lark at break of day arising
From sullen earth, sings hymns at heaven's gate;
For thy sweet love remember'd such wealth
brings
That then I scorn to change my state with kings."

Shakespeare's Sonnets XXIX.

Londres cidade olímpica em 2012, celebra o ano William Shakespeare, com uma grande exposição no Museu Britânico, 400 anos através das peças do mais famoso escritor inglês. No The Globe, será realizada uma autêntica olimpíada com 37 companhias internacionais, tantas quantas as peças que o maior e mais influente dramaturgo do mundo escreveu.