quarta-feira, 8 de julho de 2009

Veneza Cidade Feminina


Fotografia Helena Frias

A literatura de viagens está ligada a textos que descrevem experiências em outros lugares, e outras culturas, despertando em cada leitor a paixão pela descoberta. É assim com Carlos Vaz Marques coordenador de uma colecção dedicada a este género literário publicada pela editora Tinta da China. A propósito disse recentemente que decide as suas viagens, com o critério prático e o critério poético, “o poético é o desejo. Tem haver justamente com o facto de ir para lugares onde possa sentir que está à beira de perder o pé. O prático é o dinheiro.” Na lista infinita na sua cabeça de lugares onde gostava de ir diz, “o meio de transporte mais barato que conheço são os livros, e a leitura como forma de viajar é o substituto ou complemento quando se pode fazer.”
A colecção já conta com cinco títulos, o último é uma obra sobre Veneza, de Jan Morris, uma célebre escritora de viagens que nasceu James, e mudou de sexo em 1972, continuando no entanto a viver com a mulher e os filhos.
Este livro é já um clássico, muitas vezes referido como o livro sobre Veneza.
Nas palavras de Paul Theroux, outro dos grandes escritores viajantes do nosso tempo, Morris é “ uma das maiores escritoras descritivas da língua inglesa”. Por isso ele lhe chama também “ a travelling genius”.
É numa permanente inquietação de viagem que a autora, percorrendo o mundo para o interpretar, tenta revelar o enigma dos lugares que visita tal como se propõe desvendar o seu próprio enigma interior.
“ Por vezes, rio abaixo, quase penso que o consigo; mas então a luz muda, o vento vira, uma nuvem atravessa-se à frente do sol e o significado de tudo isto volta uma vez mais a escapar-me.”



1 comentário:

Maria B disse...

Vejo novidades, na lateral direita. Mt bem :)