“A minha memória é tão fraca que já me aconteceu mais que uma vez pegar de novo, como se fossem recentes e desconhecidos para mim, em livros que lera cuidadosamente uns anos antes e que rabiscara com as minhas notas. Para acudir a estas falhas, ganhei o hábito, desde há algum tempo, de acrescentar no fim de cada livro a opinião que dele fiz em geral ( refiro-me àqueles de que quero servir-me apenas uma vez) a data em que terminei a minha leitura e a opinião que dele fiz em geral para poder recuperar ao menos a maneira e a ideia geral que concebi do autor durante a minha leitura. Quero transcrever aqui algumas dessas anotações.”
Montaigne
Ao longo de algumas décadas de convívio com os livros da sua biblioteca, Montaigne foi escrevendo os vários volumes dos Ensaios, que, como todos os grandes clássicos, nunca perderam a actualidade, enriquecendo-se, pelo contrário, com as novas leituras que faz cada nova geração.
A esse vasto manancial, fomos buscar esta reflexão sobre os livros que nos pareceu oportuno editar aqui no nosso regresso a casa.
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