Vou hoje à noite ao bar
beber uma bebida verde,
gelada
A rua arrasta-se
em casas de tijolo
e a luz surge do interior
do bar, rasa, obliquando
a arrumação esforçada
do balcão de madeira.
Ilumina o vestido vermelho
da rapariga, os seus cabelos
ruivos. A pálida inconsistente
do barman, a sua presença
sem tempo.
beber uma bebida verde,
gelada
A rua arrasta-se
em casas de tijolo
e a luz surge do interior
do bar, rasa, obliquando
a arrumação esforçada
do balcão de madeira.
Ilumina o vestido vermelho
da rapariga, os seus cabelos
ruivos. A pálida inconsistente
do barman, a sua presença
sem tempo.
A noite desce
nos ombros tensos e no perfil
exogâmico dos dois homens.
Na solidão sem prazo de outros
filmes. Abro devagar a porta
e vejo.
José Alberto Oliveira (1952)
2 comentários:
Hoje não, amanhã :)
Adoro Hopper. Não conhecia o texto, excelente ideia!
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