Tadao Ando, Igreja da
luz, Ibaraki, Japão, 1989
«Parecemos
incapazes de resistir a exagerar cada aspeto de nós mesmos: quanto tempo
estaremos no planeta, a importância do que conseguimos, a raridade e a
injustiça dos nossos fracassos profissionais, os inúmeros mal-entendidos nas
nossas relações, a intensidade dos nossos sofrimentos. Individualmente, o
melodrama está sempre na ordem do dia. A arquitetura religiosa pode ter uma
função crucial neste egoísmo (em última análise tão doloroso como errado),
devido à sua capacidade para ajustar as impressões que temos do nosso tamanho físico-
e, consequentemente, também do nosso tamanho psicológico (...) É claro que
«sentirmo-nos pequenos» é uma dolorosa realidade diária do recreio humano. No
entanto, sentirmo-nos pequenos devido a alguma coisa poderosa, nobre, perfeita
e inteligente é sermos apresentados à sabedoria com alguma dose de alegria.»
Religião para Ateus é uma tentativa de interpretar
as fés, essencialmente o cristianismo e, em menor escala, o judaísmo e o
budismo, na esperança de encontrar conhecimentos coligidos que possam ser úteis
na vida secular, especialmente no que respeita aos desafios colocados pela
comunidade e pelo sofrimento mental e físico.
Religião
para Ateus, Um guia para não crentes sobre as utilizações da religião
Alain de Botton, Ed. Quixote
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