«(…) um
gesto que, pelo simbolismo, estabeleça entre o livro e o leitor um primeiro
laço de simpatia. Esse gesto é aqui o título. Mazagran, palavra que outrossim
não se encontra no texto, designa uma bebida favorita no Maghreb: um copo
grande cheio até mais de um terço com café forte, um volume igual de água
gasosa, muito açúcar, uma rodela de limão. Quando o Profeta abranda a sua
vigilância junta-se-lhe um cálice de conhaque. Bebe-se quente no Inverno e
quase gelada nos dias de calor. A pequenos goles. Com aquela disposição benigna
do espírito que umas vezes nos leva à rua para cavaquear com os amigos, e
outras nos prende em casa a ler um livro.»
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