O maestro Daniel Barenboim, judeu nascido na Argentina descendente de russos, criança-prodígio, carreira de pianista primeiro e de maestro depois, foi director da sinfónica de Chicago, da ópera estatal de Berlim e “maestro scaligero” da Scala do Milão, afirmou-se nos pesos-pesados do repertório alemão (Mozart, Beethoven, Schumann, Brahms, Brukner, Schonberg,…). Nascido no ano da decisão da solução final, aplicada pelo regime nazi, Barenboim aprendeu a conviver, recusando o estigma que muitos judeus aplicaram ao povo alemão. Decidiu dirigir música de Wagner em Jerusalém, recebendo severas críticas pelo facto. Recusou dar uma entrevista a uma jornalista fardada em Israel e aceitou a cidadania honorária palestiniana. Em 1999 na cidade de Goethe, Weimar, Barenboim e o académico norte-americano de origem palestiniana Edward Said , fundaram a Orquestra do Divã Ocidental-Oriental, juntando jovens músicos de Israel e dos países árabes limítrofes. O projecto ergue-se resistindo á morte de Said em 2003. A odisseia diplomática da WEDO tem como momento alto o concerto em Ramallah, em Agosto de 2005 (CD e DVD premiados). O pensamento de Barenboim sobre a questão israelo-palestiniana é simples: não há solução pelas armas.
Politicamente incorrecto quanto basta, o maestro que o mundo viu e apreciou a dirigir o concerto do Ano Novo de Viena este ano, estrela do universo artístico internacional, foi a primeira pessoa a ter um passaporte israelita e um passaporte palestiniano.
As Artes, neste caso a música através da batuta do grande maestro, faz por dar o exemplo indicando caminhos para a paz.
2 comentários:
Que música utilizam os helicópteros Israelitas nos seus ataques mortíferos. Será As Vasquirias de Wagner como no filme Apocalypse Now, ou o Requiem pelo silêncio dos inocentes?
Que música utilizam os helicópteros israelitas nos seus ataques mortíferos. Será As Valquirias de Wagner como no filme Apocalypse Now, ou o Requiem pelo silêncio dos inocentes?
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