terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Crise na Cultura

Fotografia H.F
O sector da cultura é responsável por 6% da produção da riqueza nacional, dado resultante de um estudo inédito, sobre a realidade das actividades culturais em Portugal, encomendado pelo ministério da cultura, à consultora de Augusto Mateus. Conclusão surpreendente, para contrariar ideias pré-concebidas, que o sector é puro despesismo bem pelo contrário, é responsável por 5,7% dos empregos nacionais e garante competitividade. O ministro José António Pinto Ribeiro que queria “fazer mais com menos”, queixou-se da má execução orçamental dos sues antecessores, vitima das suas próprias palavras, ficou com a lamentável fatia de 0,4% do orçamento de estado para a cultura. Escandalosamente muito pouco, insuficiente para pagar projectos polémicos, como o muito divulgado Centro de Arte Africana Contemporânea “África.Cont”, em Lisboa ( já se diz que Cont é de Contemporâneo , mas indica que falta dinheiro para o resto das letras). Grave é ao que parece a situação da preservação do património histórico e classificado pela Unesco (notícia em 1ª pagina do Expresso), nem o Convento de Cristo e a Sé de Lisboa escapam.
Neste cenário deprimente, Portugal corre o risco de não apresentar galerias na Feira de Arte Contemporânea, que se realiza em Fevereiro em Madrid, por razões orçamentais, e por falta de decisão a ainda nem sequer foi escolhido quem representará o país na Bienal de Veneza.
Bom nesta área aqui nos Açores, podemos disponibilizar uma preciosa ajuda, enviamos a Galeria Fonseca e Macedo para a Arco, e chamamos já uma gôndola, pois artistas dignos de Veneza, é coisa que por cá não falta.

1 comentário:

Maria B disse...

É mais fácil controlar os ignorantes!