A sua obra fez de Gogol o maior escritor russo da primeira metade do século XIX, o introdutor do realismo na literatura russa, o precursor genial de todos os grandes escritores que se lhe seguiram. Tal como veio a dizer Dostoiévsky, toda a literatura russa viria a colher em Gogol os maiores ensinamentos. Com profundidade filosófica, crítica ética e social, a sua obra tornou-se intemporal e conquistou para Gogol um lugar de destaque entre os melhores escritores de todos os tempos.
“A arte de Gogol, tal como nos e revelada em O
Capote, sugere que as linhas paralelas podem não só
encontrar-se, mas também retorcer-se e enredar-se da forma mais
extravagante, a semelhança de dois pilares que se reflectem na agua e se entregam
as mais loucas contorções, quando os remoinhos das ondas se prestam a
isso. O génio de Gogol esta precisamente nesses remoinhos – dois e
dois são cinco, ou ate a raiz quadrada de cinco: e esse o género de
acontecimento que se produz muito naturalmente no seu universo, onde nem
as matemáticas racionais nem, sobretudo, nenhum desses acordos pseudofisicos
que assinamos connosco
mesmos podem ser.”
Vladimir Nabokov
Contos de São Petersburgo, Nikolai Gógol, Assírio Alvim.
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