Portugal descobriu a era das tecnologias para o ensino. Esqueceu muito antes disso o incentivo à leitura, o gosto por comprar um livro como um bem essencial, para que este gosto, o de ler , seja uma necessidade e não uma obrigação ou um grandessíssimo frete.
Faço minhas as palavras de Nuno Crato na sua crónica ao expresso esta semana.
“Há uma corrente pedagógica que se fascina com a tecnologia e acha que calculadoras, quadros interactivos e computadores são a solução para os problemas do ensino. Um exemplo dos danos causados por essa corrente foi a promoção das calculadoras em detrimento do cálculo mental. O problema, como é óbvio, não está na tecnologia mas na maneira como ela é utilizada.
O deslumbre provinciano pela modernidade, no entanto, esquece esta verdade simples. E não quer aprender com os erros dos outros. Estudos vários (v.,e .g., Educ. Studies in Math., 56, p 119) apontam para o uso das calculadoras como um dos factores de insucesso escolar. E nos Estados Unidos, países que há uma década promoveu a generalização dos computadores portáteis nas escolas, assiste-se neste momento a uma marcha atrás acelerada. Vale a pena , po exemplo, ler o informativo artigo “ Seeing no progress, some schools drop laptops”, publicado no New YorK Times em 4/5/07 e acessível gratuitamente pala Internet. Directores de escolas, professores e pais classificam a generalização dos computadores nas salas de aulas como uma “ distracção para o processo educativo “. E o grande mentor da introdução de “Laptops and Literacy”, viu-se recentemente obrigado a confessar que , quando se trata de elevar os jovens aos patamares mais fundamentais , talvez os portáteis não sejam o caminho”.
È bom usar computadores mas é perigoso deslumbrarmo-nos e julgar que eles vão resolver os problemas básicos do ensino.”
Faço minhas as palavras de Nuno Crato na sua crónica ao expresso esta semana.
“Há uma corrente pedagógica que se fascina com a tecnologia e acha que calculadoras, quadros interactivos e computadores são a solução para os problemas do ensino. Um exemplo dos danos causados por essa corrente foi a promoção das calculadoras em detrimento do cálculo mental. O problema, como é óbvio, não está na tecnologia mas na maneira como ela é utilizada.
O deslumbre provinciano pela modernidade, no entanto, esquece esta verdade simples. E não quer aprender com os erros dos outros. Estudos vários (v.,e .g., Educ. Studies in Math., 56, p 119) apontam para o uso das calculadoras como um dos factores de insucesso escolar. E nos Estados Unidos, países que há uma década promoveu a generalização dos computadores portáteis nas escolas, assiste-se neste momento a uma marcha atrás acelerada. Vale a pena , po exemplo, ler o informativo artigo “ Seeing no progress, some schools drop laptops”, publicado no New YorK Times em 4/5/07 e acessível gratuitamente pala Internet. Directores de escolas, professores e pais classificam a generalização dos computadores nas salas de aulas como uma “ distracção para o processo educativo “. E o grande mentor da introdução de “Laptops and Literacy”, viu-se recentemente obrigado a confessar que , quando se trata de elevar os jovens aos patamares mais fundamentais , talvez os portáteis não sejam o caminho”.
È bom usar computadores mas é perigoso deslumbrarmo-nos e julgar que eles vão resolver os problemas básicos do ensino.”
Com tudo isto, a ideia que quero passar, é que o computador será sempre um meio mas nunca uma substituição de um livro ou de um manual escolar, terão que interagir os dois, livro e computador, para a formação inteléctual de todos nós e dos nossos filhos.
2 comentários:
Absolutamente de acordo! Vivemos numa era de total facilitismo, em que o acto de pensar é desvalorizado, criando pessoas cada vez mais amorfas e mentalmente retardadas!Computadores, sim, mas só como complemento ao ensino.
Clap clap clap, que clareza de raciocínio e astúcia de argumentação.
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