quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Que paisagem apagarás

Hoje na livraria, apresentação do livro de Urbano Bettencourt, Que paisagem apagarás, uma edição da Publiçor.
A apresentação, marcada para as 20h30, estará a cargo do crítico literário e ensaísta Vamberto Freitas, leitor de língua inglesa na Universidade dos Açores
.

Trata-se de um conjunto de narrativas de diferentes dimensões e muito diversificadas nos seus registos e procedimentos, bem como nas suas representações espaciais, entre o literário e o geográfico, insular ou nem tanto como isso.
Por altura da apresentação ocorrida em 30 de Julho passado, na Biblioteca Municipal de São Roque do Pico, o escritor Carlos Alberto Machado afirmou:

«Uma das coisas com que gosto de me relacionar na escrita poética de Urbano Bettencourt é o seu modo, ou modos, de falar das suas ilhas – de aquela onde nasceu e das outras por onde passou ou em que viveu. Passam os anos e com eles a maneira como nos relacionamos com o nosso mundo, os modos como o filtramos, ou, se quiserem, os modos como o construímos. De algum modo, o olhar poético é essa particular querela de nós com o mundo e de como nela e por ela o escrevemos e nos escrevemos a nós próprios, isto, é, de como cada um de nós se faz um ser diferente dos outros seres. O mundo de ilhas do Urbano não é seguramente o do folclore institucional a que se obrigam os que sofrem de falta de imaginação – e lá vêm então vulcões, magmas, nuvens e neblinas, baleias e baleeiros e mais uma mão cheia de lugares comuns que deveriam apenas, para sossego dos nossos olhos e dos nossos ouvidos, adornar bilhetes postais e outros souvenirs».

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