quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Bolha sem Ar
Paul Auster in Invisivel
Estou a fazer inventário, balanço, listar, enumerar, tudo isto e mais, dores de costas, pés inchados, dores nos braços, olhos trocados, é caso para dizer que esta vida de livreiro está a dar cabo de mim. Chega-te ano novo.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Turismo Cultural para a Nova Década
Os Açores têm condições para ser uma referência no campo do turismo cultural. Têm um património histórico único, uma literatura, e uma forte e nova geração de criadores nas mais diversas áreas da cultura. O contexto perfeito para o cruzamento entre história, património e cultura contemporânea. Ou seja, a cultura é algo de transversal e deve ser objecto de uma conjugação de esforços que una Governo Regional, autarquias e sociedade civil. Uma visão integradora da cultura, criando sinergias ao serviço do desenvolvimento sustentável da nossa Região. Infelizmente o que assistimos é a real possibilidade de aniquilamento daquilo que levou séculos a ser construído; revitalizações apressadas de centros históricos, hostilidades políticas que levam a duplicar projectos (como é o caso dos centros de arte contemporânea) e autenticas aberrações arquitectónicas. Deixar-nos cair no disparate de não respeitar a preservação da atmosfera própria de um sítio, que o torna único e irrepetível. Temos que criar um modelo diferenciado e sustentável, em paralelo com uma hotelaria cada vez mais qualificada, o turismo cultural pode constituir uma mais-valia única no âmbito da nossa estruturação económica e social
Há aqui futuro, haja vontade e inteligência política.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Feliz Natal
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Renata Correia Botelho lança "Um circo no nevoeiro" nos Açores from ARTilharia TV on Vimeo.
O evento decorreu na livraria Solmar em Ponta Delgada. O livro, de poesia, foi apresentado pela Professora Doutora Rosa Goulart, docente da Universidade dos Açores
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Renata Correia Botelho - uma entrevista
"Um Circo no Nevoeiro" livro de poesia de Renata Correia Botelho lançado na livraria Solmar from ARTilharia TV on Vimeo.
Publicado pela editora Averno o trabalho de RCB é reconhecido pelos críticos
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Renata Correia Botelho lança livro
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O Perfeito Anormal
Não, antes pelo contrário. Identifico-me com uma coisa que o Salinger diz ( e ele, ao que sei, identifica-se com imensas que eu digo): sou uma espécie de paranóico ao contrário. Sinto que as pessoas conspiram nas minhas costas para me fazerem feliz.
RAP in Playboy
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
sábado, 5 de dezembro de 2009
O Homem do Ano Na SolMar
A Playboy Portugal elegeu como homem do ano o humorista Ricardo Araújo Pereira.
"é, desde 2003, presença assídua nas vidas de todos os portugueses. Assume-se em 2009 com um estatuto ímpar, provando a sua influência em todos os quadrantes sociais e políticos" directora de comunicação da revista, em comunicado. in expresso.pt
É caso para dizer que este é um número que os senhores poderão levar para casa pois as mulheres agradecem.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
75 anos da Mensagem
Do Universo das letras portuguesas, Fernando Pessoa é hoje considerado, um dos maiores vultos da poesia europeia do século XX.
domingo, 29 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
A BONECA DE TRAPOS VAI VIAJAR
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Flora Açoriana Analisada
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Novo livro de Onésimo
Lançamento hoje pelas 21h30, na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, com a presença do autor.
Este livro pretende apenas levantar questões, interrogar-nos sobre as implicações teóricas (sobretudo no domínio da ética) do paradigma darwinista que no universo intelectual suplantou hoje o marxismo como explicação última do mundo. Não nos iludamos sobre a razão contida na frase de Theodosius Dobzhansky: "Nada em biologia faz sentido excepto à luz do evolucionismo". Mas os equivocos abundam por todo o lado, porque aquilo que nos chega por moda não tem peso de convicção. Para além de Marx e Darwin, há reflexões a fazer que nos ajudem a assentar um pouco os pés no chão e a perceber melhor o que à nossa volta é ainda escuro. Para não nos deixarmos cair em buracos negros desintegrando o nosso universo interior, como na cena final de 2201:Odisseia no Espaço.
O Autor:
Onésimo Teotónio Almeida é doutorado em filosofia pela Brown University (EUA), onde é Professor Catedrático no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros e no Wayland Collegium for Liberal Learning, dedicando grande parte da sua investigação ao problemo da formação de mun-dividências, ideologias e valores.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Inacessivel ao Leitor Apressado
Se fosse uma data, o título 2666 pareceria antecipar um inevitavelmente póstumo trabalho. O romance, que Bolaño escreveu pouco antes de morrer, abre com uma semente do Mal, transformada pelas cinco partes do livro no sonho de um escritor, Benno von Archimboldi. Na primeira parte, quatro críticos literários procuram-no nos seus textos enquanto as suas vidas se envolvem com ele, acabando por senti-lo nas ruas de Santa Teresa, uma versão disfarçada da mexicana Ciudad Juárez. Na segunda parte, a mesma cidade é o claustro onde o filósofo Amalfitano ensina, lê, recorda a mulher que o deixou, e imagina como escapar para encontrar Rosa, a sua filha adolescente. Na terceira, um jornalista desportivo chamado Destino chega a Santa Teresa para a cobertura de um desafio de boxe, mas acaba por envolver-se na investigação de crimes contra mulheres ocorridos na cidade. Esta teia leva à quarta parte, o verdadeiro coração negro do romance; uma impiedosa e exaustiva sucessão de assassínios, as suas datas e a sua fútil investigação. No final da última parte, assistimos à reaparição de Archimboldi, o pseudónimo de um escritor alemão que parece ter atravessado o Século XX apenas para chegar a Santa Teresa. Num desafio inacessivel ao leitor apressado, Bolaño demonstra em 2666, que consegue escrever como mais ninguém e como quiser, combinando a reflexão abstracta mais extrema com acção de tirar o fôlego. E assinando tudo isso com a sua inconfundível assinatura esquerdina.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Contas da Vida
- “Podes ter a certeza, Botelho! Foste feito para os números, e eles são o teu caminho!”, diziam-me, com ternura e entusiasmo, o Professor Raposo Silva e o Professor Rafael.
Eu quase não entendia aquela ideia de os números serem o meu caminho, mas não duvidava, nem duvido, da acertividade do seu julgamento.
O que eles não podiam prever, nem introduzir como variável no seu entusiasmo, aconteceu no meu primeiro ano do Liceu Nacional de Ponta Delgada.
Não recordo as notas – (vermelhas de vergonha, certamente) – que, nesse longo então de três períodos, alcancei em Matemática, mas a minha memória não esquece, nem perdoa, a aridez pedagógica com que foi recompensado o meu interesse, a minha vontade, o meu querer entender aquela nova e encantatória gramática de números e algarismos.
Cedo o meu apego a esse lume de inquietude intelectiva perdeu a chama, cedo se transformou em cinza de quase nada, cedo a Matemática vestiu a noite de pesadelos.
Relembro este episódio da minha vida, porque tenho andado a revisitar a obra de José Gomes Ferreira, poeta e prosador que é, desde sempre, um pássaro poisado na estante dos meus dias.
A determinado passo do seu “O MUNDO DOS OUTROS”, pode ler-se: “ (…) A mim, foi um professor de matemática quem estragou a infância (…)”.
Pois é!
Estar bem acompanhado na desdita não adoça as lágrimas, mas afaga a face.
Curiosamente, ainda hoje gosto de lutar com as palavras sobre uma folha de papel quadriculado.
Sabe-se lá porquê! ...
Emanuel Jorge Botelho
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Melhor Filme Açoriano
domingo, 8 de novembro de 2009
SOS Cinema
A exibição dominada pelas salas da Castelo Lopes e com a facilidade que existe no cinema doméstico, cabe a essa sala alternativa criar e alimentar um público cinéfilo mais exigente e com sentido crítico, proporcionando ao espectador serviços associados, atendimento personalizado, serviço educativo, informação através de publicação e website sobre os filmes, sessões programadas e dirigidas, em vários formatos e géneros, da curta-metragem ao documentário, encontros com realizadores e críticos. Uma alternativa onde se possa conjugar outras artes e vários públicos não esquecendo o infantil e os idosos, um espaço não-elitista com o grande objectivo da defesa do cinema como uma expressão artística singular.
Em Ponta Delgada, isto só será possível com a sensibilização e conjugação dos poderes públicos (Autarquia, Governo regional, ICA – Instituto de Cinema e Audiovisual ), apoiar uma exploração consciente e sensata, para que seja possível ver outro cinema.
“ As únicas salas de cinema que cumpriram uma função, disse Charly Cruz, eram as velhas, lembras-te? Aqueles cinemas enormes que quando se apagavam as luzes o nosso coração se encolhia.
Aquelas salas, sim, eram verdadeiros cinemas, o mais parecido com uma igreja, tectos altíssimos, grandes cortinas vermelho grená, colunas, corredores com velhas alcatifas gastas, palcos, lugares de plateia, balcão ou galinheiro, edifícios construídos nos anos em que o cinema ainda era uma experiência religiosa, quotidiana, porém, religiosa, e que pouca a pouco foram demolidas para edificar bancos ou supermercados ou multicinemas.”
2666, Roberto Bolano
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
"As Ilhas Desconhecidas" de Raul Brandão - vídeo-livro
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
A Casa dos Sentidos
Sérgio Fazenda Rodrigues, arquitecto, nasceu em 1973, em Lisboa. Frequentou a Universidade Lusíada, a Écolle d’Architecture de Paris-La Ville, a Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Foi representante de Portugal na 1ª Bienal de Jovens Criadores CPLP e o seu trabalho traduz-se nessa procura interdisciplinar entre artes plásticas e arquitectura.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Francisco José Viegas na SolMar
Prémio Leya 2009
João Paulo Borges Coelho nasceu no Porto, em 1955, mas adquiriu nacionalidade moçambicana. É historiador. Ensina História Contemporânea de Moçambique e África Austral na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, e, como professor convidado, no Mestrado em História de África da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tem-se dedicado à investigação das guerras colonial e civil em Moçambique, tendo publicado vários textos académicos em Moçambique, Portugal, Reino Unido, Espanha e Canadá. As Duas Sombras do Rio foi a sua primeira obra de ficção, editada pela Caminho.
domingo, 11 de outubro de 2009
Professor até à alma
Vi-o, ao longe, curvado sobre a tarde, poisando o caminhar na memória de um tempo muito antigo.
Parei o carro no logo que pude, apressei-me a ficar ao lado dos seus passos, e dei-lhe o amparo do meu braço com uma lágrima de saudade escondida dentro da mão.
- “Venha, Sr. Dr. João Bernardo. Eu levo-o a casa!”
- “Estamos quase lá, mas caíste-me do Céu!”
Quando estacionei o carro, num logo ali com três braças de distância, perguntei-lhe:
- “E se fôssemos aproveitar o sol e dar uma volta, devagarinho, pela estrada fora?”
Ele olhou para mim, esboçou um sorriso que me fez descer a ladeira de muitos anos, e disse-me: - “Vamos, rapaz!”
E fomos, e fomos recordando o Liceu Nacional de Ponta Delgada e as aulas de História que a sua doce sabedoria colocara no regaço do meu coração, e as traquinices, ingénuas, que a sua bondade sempre me perdoava, e o ano de “consumição” que lhe pendurei no calendário quando obtive o seu consentimento para gravar as aulas. (- “Eu queria contar-vos histórias da História e aquele aparelho à minha frente, para além de proibido, era antipático!”), e o raspanete que apanhei quando, a propósito das Raízes da Expansão Portuguesa, me pus a debitar princípios de Teoria Marxista. (-“Não eram disparate todas as tuas conclusões, mas colocaste a fé mais rasa do que um cesto!”); disse-me ele à saída da sala de aula.
Repetimos, por mais duas vezes, passeios de quase sem destino. E lembro-me que foi a caminho da Vista do Rei que, pela última vez, demos arrolamento ao que ainda queria ser lembrança.
Lá no cimo, com o seu braço enfiado no meu, o Dr. João Bernardo disse-me:
- “Teu tio-avô, o Padre José Jacinto Botelho, costumava afirmar que as nossas paisagens eram belíssimas para curar agnósticos e ateus. Tu acreditas em Deus?”
- “Eu prefiro dizer que acredito em Jesus Cristo…”, respondi.
- “Óptimo! Quando o Pai souber, convida-te para jantar…!”
O Dr. João Bernardo de Oliveira Rodrigues.
Professor até à alma, professor da minha alma, e meu grande amigo.
Emanuel Jorge Botelho
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Charlas
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Herta Muller Nobel da Literatura 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Britânica vence Booker Prize 2009
" O destino dos povos constrói-se desta forma, dois homens em salas pequenas. Esqueçam as coroações, os conclaves cardinalários, a pompa e as procissões. É assim que o mundo muda"
domingo, 4 de outubro de 2009
Em três linhas
Apenas ampliei um ou outro quadro, procurando sempre não tirar a frescura ás primeiras impressões. Tinha ouvido a um oficial de marinha que a paisagem do arquipélago valia a do Japão. E talvez valha… Não poder eu pintar com palavras alguns dos sítios mais pitorescos das ilhas, despertando nos leitores o desejo de os verem com os seus próprios olhos!… "
1926
Raul Brandão
As Ilhas Desconhecidas, brevemente uma edição Artes Letras.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Musica Uma Linguagem Universal
Dia Mundial da Música, hoje com Pedro Burmester , no Teatro Micaelense, pelas 21.30h.
"De todas as artes, a música é talvez aquela a que ninguém é indiferente, porque facilmente entra nas pessoas"
Pedro Burmeste, In Açoriano Oriental
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Rentrée BD
domingo, 27 de setembro de 2009
Imprevisibilidade da Paixão
Acima de tudo porém, impõe-se a reivindicação de uma certa sagesse feminina, que Simone Beauvoir apontaria depois como exemplo “ facto quase único na história das letras e das ideias, uma mulher (Colette) soube exprimir os princípios de uma sabedoria autenticamente feminina”. A reedição feita (Editorial Presença) sobre uma antiga tradução de José Saramago, coincide com a estreia do filme de Stephen Frears, com a estrela Michelle Pfeiffer no papel principal, o da cortesã Léa de Lonval. Colette era uma escritora muito poderosa e sensual e muito à frente do seu tempo, no fim, apesar de escandalosa era respeitada e admirada, quando morreu, teve direito a um funeral de Estado.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Os Dabney - Uma Família Americana nos Açores
A actividade diplomática andou a par dos negócios e do comércio, da filantropia também, e os Dabney integraram-se rapidamente na comunidade açoriana, abandonando o arquipélago apenas em 1892.
No período de um século, esta família protestante foi o eixo de um dinamismo cultural que envolveu o convívio e a correspondência com diversas personalidades da época. A testemunha-lo, o riquíssimo espólio de cartas, diários e outros documentos coligidos por Roxana Dabney.
A presente antologia editada agora pela Tinta da China, reúne textos que hoje se revestem do maior interesse e eloquência, constituindo a visão estrangeira e esclarecida a partir da qual Maria Filomena Mónica traça um retrato da sociedade insular no século XIX.
O lançamento da antologia Os Dabney: Uma Família Americana nos Açores realiza-se amanhã na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, pelas 21.30
sábado, 12 de setembro de 2009
BENEFÍCIOS DA LEITURA
2. Cicatriza a solidão.
3. Lava a inteligência.
4. Agita a preguiça.
5. Protege a memória
6. Purifica a visão.
7. Potencia a humildade.
8. Dá fome.
9. Não suja as mãos.
10. Cola pirilampos na escuridão.
11. Clarifica a voz.
12. Vale tanto como mil imagens.
13. Apaga a televisão.
Emanuel Jorge Botelho
(in) Semanário “ Terra Nostra”
de 11.9.2009
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( A primeira versão destes Benefícios surgiu, fora do mercado,
com o pseudónimo; Egroj B.).
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Fulminante
Num ritmo vertiginoso e magistral, a narrativa com o seu complexo enredo, o escritor combinou um realismo avassalador e enigmático com os melhores ingredientes da novela de mistério e do género negro. A obra única e póstuma, Os Homens Que Odeiam As Mulheres, A Rapariga Que Sonhava Com Uma Lata de Fósforos, A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, deu vida a dois personagens extraordinários, o jornalista MiKael Blomkvist e a hacker Lisbeth Salander, através de uma sucessão de histórias verosímeis, o autor trata a realidade como um bom jornalista de investigação, ameaças reais, da informática aos serviços secretos, da economia ao poder judicial, da política aos movimentos antidemocráticos, da pedofilia ao trafico de mulheres.
Larsson, contrariamente ao título de um dos livros era um escritor que amava as mulheres, a figura feminina é livre de clichés e de limites, toda a obra transpira dignidade assente na personagem de Lisbeth Salander, que é uma sobrevivente mas também uma consciência moral. A convicção de Larsson é profunda quanto à fragilidade da democracia e dos seus mecanismos, bem como as instituições que podem ser destruídas por interesses, cumplicidades e silêncios e de como os cidadãos podem ficar isolados e indefesos, apesar das liberdades, direitos e garantias consagradas e supostamente estabelecidas.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Templos do Saber
Luxuosos palácios que são verdadeiras obras de arte onde ler pode ser um prazer redobrado.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Procure-se na Livraria
Assim, quando vou à Livraria Sol Mar nada nela me surpreende. Tudo me foi minuciosamente narrado. Ali, apenas constato o segredo que cada livro contém. Toco-os então de perto, miro-os, leio uma página aqui outra ali e devolvo-os ao seu lugar, e volto uma vez mais, e mais uma vez ao acarinho. Tudo isto, na forma de uma confirmação, de um ritual repetido. Repetido ou reconhecido não foi, porém o novo espaço de que goza neste momento. Falhou este pormenor ao Vamberto. Por isso, o fascínio do inesperado deixou-me extática, e, mais do que o próprio espaço, foram os focos e os efeitos da luz que mais me tocaram. A sua projecção sobre as paredes vazias (preparadas para acomodar aquilo que sem espaço não vive, as obras de arte plástica) desenha sombras que dão à claridade o formato de arcos contínuos, acentuando a atitude espiritual daquele lugar, que tem mais a ver com um templo do que com a venda de livros – um santuário, com efeito, do nosso bem-estar, de um estar sempre em companhia, num acto de eterna partilha, escutando a música que em prece se insinua por entre os livros, envolvendo todo o ambiente, e devolvendo-nos ao tempo da graça. E se à música lhe juntarmos a luz dos focos em arcos reproduzidos, temos então o céu criado. Sair dali é difícil. E é isto que o José Carlos quer. E o Tápia e a Glória e todos nós.
Por isso, sempre que esteja irrequieto, um pouco fora de si, procure-se na Livraria Sol Mar o centro, a leveza do espírito, num tempo que não sendo de cólera é razoavelmente pesada para dele fugirmos.
Sempre que vou à Livraria, um pouco mais de asa me transporta ao sustenido conto das alturas.
Adelaide Freitas
Ponta Delgada 15 Abril 1996
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Calhamaços
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
De Profundis
De Profundis, conta a história de uma violoncelista que vive numa casa no meio do oceano, onde aguarda o seu amado, um pintor que sempre quis ser marinheiro e que depois de um naufrágio, efectua uma viagem ao fundo do mar, fonte de inesgotável beleza e mistério.
Esta é a primeira longa-metragem de animação que utiliza como base pinturas a óleo, realizada por Miguelanxo Prado (conhecido aoutor de BD), acompanhada com música de Nani Garcia.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Os Livros Vão a Banhos
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Viajar com Livros - Karen Blixen
Karen Blixen
Karen Blixen partiu para o Quénia, em 1914, para dirigir uma plantação de café. Em 1931, a falência do projecto, levou-a regressar à Dinamarca onde escreveu um livro relatando as suas experiências. África Minha é uma celebração da sua vida no Quénia, dos amores que aí teve, da sua solícita amizade com os povos da região e da relação com a paisagem e os animais. Uma obra que termina com uma enorme sensação de perda e que é uma das mais belas narrativas sobre África. O nome de Karen Blixen, vem várias vezes à discussão a propósito do prémio nobel, o seu trabalho é admirado por escritores como Ernest Heminngway, Truman Capote e Carson Mccullers. No fim dos anos 50, a baronesa faz uma longa viagem pelos Estados Unidos, dexando-se venerar, com banquetes e recepções, e conta-se que muita gente famosa viajou durante dias para a conhecerem pessoalmente. O fotógrafo americano Peter Beard, ele próprio um excêntrico e aventureiro, conheceu Bilxen e terá tirado belíssimas fotografias dela e de África.
Apesar disso no seu tempo de vida, este seu livro de memórias foi pouco lido, só mais tarde, nos anos 80 vendeu milhões, para isto muito contribuiu o premiado filme África Minha, de Sydney Pollack de 1985, com Meryl Streep no papel de Blixen, e Robert Redford na pele do sedutor piloto inglês Denys, o grande amor da sua vida.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Uma Casa em Havana
Uma visita a Havana fica incompleta sem uma deslocação à Quinta Vigia, onde se avista um panorama soberbo do mar das Caraíbas.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Smile
"Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estejas triste, porque nunca se sabe quem poderá enamorar-se do teu sorriso"
Gabriel Garcia Márquez
Os Prémios
Thomas Bernhard, austríaco, autor maior da segunda metade do século xx, e certamente um dos mais pólemicos, escreveu um livrinho agora editado em Portugal pela Quetzal chamado Os Meus Prémios. É um divertido relatório, sobre os muitos prémios e homenagens que aceitava apenas pelo dinheiro, “Ninguém censura a um mendigo que aceite dinheiro das pessoas, sem perguntar de onde lhes vem o dinheiro que lhe dão”. Cedo Bernhard passou a desprezar os meios literários, os salões, auditórios , câmaras municipais, para ele era tudo patético, muita pomposidade e ignorância, os ministros ressonam, as orquestras desafinavam, dados biográficos errados e elogios incompreensíveis, e quase toda a gente era idiota. O Grande Premio afinal devia chamar-se Pequeno. E antes ou depois do cheque um último suplício, as palavras de agradecimento, “ Eu não encontrei nenhum tema para um discurso. Pensei se devia talvez referir-me à situação mundial, que como sempre, era bastante má. Ou aos países em desenvolvimento? Ou à negligenciada assistência aos doentes? Ou ao mau estado das nossas escolas. Devia dizer qualquer coisa sobre o Estado em si ou sobre a arte em si ou sobre a cultura em geral? Será que devia talvez mesmo dizer qualquer coisa sobre mim próprio? Achei tudo repugnante e nojento”.
Seria o escritor portador de mau feitio ou dono da razão?
sábado, 1 de agosto de 2009
As Leituras dos Politicos Açorianos
Carlos César – A Sabedoria do Mago - Deepack Chopra
Berta Cabral – A Rainha no Palácio das Correntes de Ar- Stieg Larsson
Francisco Coelho – Constituição da Républica Anotada - Jorge Miranda
António Marinho – Twitter Para Totós - Laura Fitton
Vasco Cordeiro – Grandes Batalhas Navais Poutuguesas - José A. P
Artur Lima – Dom Casmurro - Machado de Assis
Álamo Meneses – Dormir Nu é Ecológico - Vanessa Farquharson
Zuraida Soares – 13 Gotas ao Deitar - Rita Ferro e outros
André Bradford – A Promessa - Brunomia Barry
Aníbal Pires – Vendedor de Sonhos - August Cury
Noé Rodrigues – Leite Derramado - Chico Buarque
Paulo Estêvão – O Cavaleiro da Ilha do Corvo - Joaquim Fernandes
José Contente – Porque é que os Homens Nunca Ouvem Nada
e as Mulheres não Sabem Ler mapas de Estradas
Pedro Gomes – Diário da Tua Ausência - M.R. Pinto
Sérgio Ávila – Faça o seu Dinheiro Crescer - Teresa Cotrim
Rui Melo – O Carcereiro da Vila e outras estórias - Tomaz Borba Vieira
Duarte Freitas – Afastado – Sadie Jones
José SanBento – A Outra Invasão do Iraque – P.Casaca
Maria Céu P.Neves – Atuns, Bonitos e Cavalas dos Açores – Vários
Alexandre Pascoal – Guia da Auto Defesa – Lydie Raisin
José Andrade – Trabalhar Contigo Está a dar Cabo de Mim – Kathi
Catarina Furtado – Entre os Canibais – Paul R.
Miguel Brilhante – Obras Completas – José de Mello
Gabriela Canavilhas – À Procura da Escala – A.P.Ribeiro
João Nuno A. Sousa – Não Seja Rezingão - Richard C.
Francisco Vale César – O Príncipe – Manuel Alegre
Mário Fortuna – O Que é Que Eu Faço Aqui – B. Chatwin
Ricardo Rodrigues – Nós Europeus – Vital Moreira
José Manuel Bolieiro – Treine o Cérebro Use-o ou Perca-o - Vários
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Viajar com Livros - Adriano
"Apercebi-me rapidamente de que escrevia a vida de um grande homem. Daí, maior respeito pela verdade, mais atenção e, quanto a mim, maior silêncio."
Cidade Eterna
Roma sempre inspirou artistas, cenário de filmes como La Dolce Vita, de Fellini, ou a Fonte dos Desejos, de Jean Negulesco, Fontana Di Trivi. Segundo a tradição, lançar uma moeda de costas para fonte garante o regresso a Roma, que lida de trás para a frente, significa "Amor".
terça-feira, 28 de julho de 2009
Costela Açoriana
Como professor universitário foi o que fiz, mas, quando com os meus co-fundadores criei a YDreams, percebi que era essencial combinar o «voo do sonho» com os pés na terra. Como vencer a ausência de perspectiva, a aversão ao risco, a falta de autoconfiança e a tendência para criticar em vez de gerar ideias pervasivas na nossa sociedade?"
Temos a inteligência e as ferramentas essenciais para «voar», basta aprender a fazê-lo com qualidade.
António Câmara, acaba de publicar o livro Voando com os Pés na Terra (Editora Bertrand).
segunda-feira, 27 de julho de 2009
O Mágico
Humaniza o seu som,
E põe nas suas cadências um estranho
Estremecimento do coração.
Jorge González Bastias
O maestro conhecido pela sua exuberância em palco, é produto do chamado” sistema “ de Orquestas Juvenis Venezuelanas. Fundada pelo maestro José António Abreu, é uma obra social do Estado, a prática colectiva através da música, a educação e recuperação de crianças carenciadas. Existem actualmente, 180 “núcleos escolas” que acolham, 350000 crianças e jovens que formam uma complexa rede de Orquestas, já lhe chamam o milagre musical Venezuelano.
O fenómeno Dudamel está imparável , com o catálogo da Deustsche Grammophon em construção , este ano gravou, a 5ª Sinfonia de Tchaikovsky, o que traduz uma paixão do Maestro pelo compositor Russo” Apesar de a Venezuela estar longe da Rússia, o carácter latino de Tchaikovsky, faz nos apaixonarmos pela sua música num instante.”
Como alguém uma vez disse, não há boas e más orquestras, apenas bons e maus maestros, Gustavo Dudamel é um dos melhores.