Não temos um Golberg, mas podemos escutar Glenn Gould e as suas célebres interpretações das quais se pode dizer que a gravação feita em 1955 praticamente reinventou a obra. Gould foi um daqueles intérpretes que escondem o compositor debaixo do piano para ficarem sozinhos na fotografia. Certo é que o seu piano nos torna mais suportáveis as nossas longas horas privadas de sono.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Insónias
Não temos um Golberg, mas podemos escutar Glenn Gould e as suas célebres interpretações das quais se pode dizer que a gravação feita em 1955 praticamente reinventou a obra. Gould foi um daqueles intérpretes que escondem o compositor debaixo do piano para ficarem sozinhos na fotografia. Certo é que o seu piano nos torna mais suportáveis as nossas longas horas privadas de sono.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
A Invenção do Dia Claro
"Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida.
Não chegam, não duro nem para metade da livraria.
Deve certamente haver outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estou perdido.
No entanto, as pessoas que entravam na livraria estavam todas muito bem vestidas de quem precisa salvar-se. "
José de Almada Negreiros, in A Invenção do Dia Claro.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Victoria
Victoria, livro de rara beleza narrativa, é uma das obras mais representativas de Knut Hamsun. O enredo marca o regresso do autor de «Pan» – escrito quatro anos antes – ao tema do trágico desencontro amoroso, que tem na descrição da beleza taciturna e melancólica da natureza nórdica o seu espelho. Johannes, filho de um modesto moleiro, que em jovem sonha trabalhar numa fábrica de fósforos para ter os dedos sempre sujos de enxofre e assim não ter de apertar a mão a ninguém, ama Victoria, jovem de família aristocrata mas com poucos meios financeiros. Contudo, o deles será um amor impossível, pois Victoria vê-se obrigada a casar com o rival Otto para salvar a família da bancarrota.
"Meu Deus, como o seu coração batia; não batia, tremia. Queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. Só movia os lábios. Um perfume emanava da sua roupa, do seu vestido amarelo, ou talvez apenas da sua boca."
Victoria de Knut Hamsun, Ed. Cavalo de Ferro, 2011.
ar leve
sábado, 16 de abril de 2011
Um Take
Ponto Ómega de Don Delillo, Sextante Editora, 2011
Mas já leu estes livros todos?
sexta-feira, 8 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Indignai-vos!
No texto, Stéphane Hessel remete para esta obra de Klee e para o comentário que o filósofo alemão Walter Benjamin fez sobre ela nas suas Teses sobre a Filosofia da História, escritas em 1940, sob o choque do pacto germano-soviético. Walter Benjamin foi o primeiro proprietário desta obra. Via nela um anjo a repelir «essa tempestade à qual chamamos progresso».
«uma verdadeira insurreição pacífica contra os meios de comunicação de massas que só apresentam como horizonte à nossa juventude uma sociedade de consumo, o desprezo pelos mais fracos e pela cultura, a amnésia generalizada e a competição renhida de todos contra todos.» A todos aqueles e aquelas que irão fazer o século XXI, dizemos com afecto: CRIAR É RESISTIR. RESISTIR É CRIAR.
Indignai-vos! de Stéphane Hessel, Ed. Objectiva,2011.