segunda-feira, 28 de junho de 2010

Novo livro de Álamo de Oliveira

mar com poeta dentro


o corpo da ilha não tem nome
próprio de quem se rodeia de orvalhos antigos.
quando navega não tem
rumo nem destino.
no cais a penumbra branca desce
sobre a viagem adormecida.


desconhece-se que poeta foi ver o mar por dentro.
mas sabe-se quem grafitou com sonhos
os muros da solidão.


andanças de pedra e cal de Álamo de Oliveira, 2010

sábado, 26 de junho de 2010

Dias com Mafalda


«Esta é a comida que eu gosto de cozinhar agora. Saborosa, nutritiva, rápida, fácil e reconfortante. Reflecte esta etapa da minha vida. Não é necessariamente complicada mas é comida verdadeira pela qual cada vez mais me sinto atraída, são estas as receitas que me dão vontade de ir para a cozinha e cozinhar todos os dias. São estas receitas que cozinho para a minha família e amigos.
Eu espero sinceramente que estas receitas vos tragam inspiração. E gostaria de vos lançar um desafio: por mais ocupados que estejam arranjem um pouco de tempo, nem que seja só alguns dias da semana, para cozinharem para a vossa família e amigos – façam uma pausa, sentem-se, apreciem e desfrutem a magia de comer uma refeição caseira. Afinal estas são receitas com comida verdadeira para pessoas de verdade… que são vocês! Experimentem.»







terça-feira, 22 de junho de 2010

Amar de Sócrates a Simone de Beauvoir




«Diz-me como amas, dir-te-ei quem és.
Há amores de todos os tipos: o capricho de um par de dias, a inclinação obstinada, a tepidez duradoura, o entusiasmo deslumbrante, o hábito frio; e os filósofos, eles próprios, não lhes escaparam, oferecendo uma amostra verdadeiramente espectacular de todas estas atitudes. (…)
O pensamento sobre o amor foi sempre escrito com o próprio sangue dos filósofos, com os seus obstáculos particulares, com as suas nevroses, com a sua sorte, o que só lhe dá maior peso e interesse.»
Da Introdução

Os Filósofos e o Amor de Aude Lancelin e Marie Lemonnier, Ed. Tinta da China

domingo, 20 de junho de 2010

A Última Viagem de José Saramago Aos Açores




Ponta Delgada , Abril de 2004.

A Livraria SolMar Artes e Letras agradece para sempre a sua generosidade.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morreu José Saramago

José Saramago morreu hoje, aos 87 anos.
Nobel da Literatura em 1998

"A morte voltou para a cama, abraçou-se ao homem e, sem compreender o que lhe estava a suceder, ela que nunca dormia, sentiu que o sono lhe fazia descair suavemente as pálpebras."

As Intermitências da Morte de José Saramago, Ed. Caminho.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Festival Silêncio



De 16 a 26 de Junho, os palcos do Musicbox Lisboa, do Instituto Franco-Português, do Goethe-Institut Portugal, do Teatro Maria Matos e do Cinema Nimas, irão receber inúmeros músicos, actores, jornalistas, realizadores e escritores portugueses e estrangeiros num festival que convida a descobrir talentos emergentes bem como nomes já consagrados de artistas que trabalham em torno da palavra dita. Lisboa, cidade candidata a Capital Mundial do Livro em 2013 e marcada pelo multilinguismo e pelo multiculturalismo, acolhe uma vez mais este evento internacional que divulga em terras lusas a literatura no seu cruzamento com as diferentes artes e se insere na rota dos grandes festivais literários contemporâneos. Ursula Rucker uma das grandes presenças.

http://www.festivalsilencio.com/

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Última Porta

Errata

Onde se lê Deus deve ler-se morte.
Onde se lê poesia deve ler-se nada.
Onde se lê literatura deve ler-se o quê?
Onde se lê eu deve ler-se morte.

Onde se lê amor deve ler-se Inês.
Onde se lê gato deve ler-se Barnabé.
Onde se lê amizade deve ler-se amizade.

Onde se lê taberna deve ler-se salvação.
Onde se lê taberna deve ler-se perdição.
Onde se lê mundo deve ler-se tirem-me daqui.

Onde se lê Manuel de Freitas deve ser
com certeza um sítio muito triste.

A Última Porta de Manuel de Freitas, Ed. Assírio & Alvim.

domingo, 13 de junho de 2010

Anti - Vuvuzela



Por toda a parte se faz sentir a influência da música moderna. Sons vanguardistas inundam as pistas sonoras dos filmes de suspense de Hollywood. A música minimalista produziu um enorme efeito sobre o rock e o pop, desde os Velvet Underground até ao compositor de música electrónica Aphex Twin. Alex Ross, o brilhante crítico musical do The New Yorker, faz jorrar uma brilhante luz sobre este mundo e mostra como ele impregnou todos os recantos da vida do século XX.
Nesta abrangente e documentada narrativa, Ross conduz-nos desde a Viena de antes da Primeira Guerra Mundial, até Paris dos anos vinte; desde a Alemanha de Hitler e da Rússia de Estaline, até à downtown de Nova Iorque dos anos sessenta e setenta. Acompanhamos a ascensão da cultura de massas e da política de massas, a ocorrência das novas e espectaculares tecnologias, das guerras quentes e frias, de experiências, de revoluções, de tumultos e de amizades feitas e desfeitas.
O resultado final não é tanto uma história da música do século XX, mas sim uma história do século XX através da sua música.
O Resto é Ruido de Alex Ross, Ed. Casa das Letras.



sábado, 12 de junho de 2010

ExtraTexto

Eve Arnold - Marilyn Monroe 1954

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dos Vulcões dos Açores



Somos herdeiros da maresia
Que salga os olhos de olhar o mar
E temos rios de lava fria
Que se recusam a desaguar

Emanuel Félix


"Este livro foi desenhado para coleccionadores do imaginário vulcanológico, para viciados do paisagismo insular e para os cada vez mais numerosos curiosos das origens telúricas açorianas.(…) Para este livro seleccionaram-se algumas imagens dos milhares de vulcões, de quase todos os tipos mundiais, com que a natureza nos presenteou. A geodiversidade vulcanológica é um dos mais valiosos elementos do património açoriano e macaronésio – deve ser protegida, visitada e recuperada (com ardor e obstinação). "

Victor Hugo Forjaz


Dos Vulcões dos Açores, Victor Hugo Forjaz, Zilda T.M. França, Jorge Tavares, Luís Miguel Almeida, José António Rodrigues, Ed. Publiçor.

terça-feira, 8 de junho de 2010

- 40

A revista New Yorker selecionou 20 escritores com menos de 40 anos, cujo a obra vale a pena acompanhar. Alguns dos autores já editados em Portugal.



- Chimamanda Ngozi Adichie (32 anos) - Meio Sol Amarelo, Ed. Asa
- Chris Adrian (39)
- Daniel Alarcón (33)
- David Bezmozgis (37)
- Sarah Shun-lien Bynum (38)
- Joshua Ferris (35) - Então Chegamos Ao Fim, Ed. Casa das Letras
- Jonathan Safran Foer (33) - Extremamente Alto, Incrivelmente Perto, Quetzal
- Nell Freudenberger (35)
- Rivka Galchen (34)
- Nicole Krauss (35) - A História do Amor, Ed. D. Quixote
- Yiyun Li (37)
- Dinaw Mengestu (31)
- Philipp Meyer (36)
- C. E. Morgan (33)
- Téa Obreht (24)
- Z. Z. Packer (37)
- Karen Russell (28)
- Salvatore Scibona (35)
- Gary Shteyngart (37)
- Wells Tower (37)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Contemporâneo

" Há hoje nas sociedades cultas um tom geral de bom gosto, de ironia, de fino senso, que põem bem depressa no seu lugar os fanfarrões da sabedoria, do milhão ou do músculo.
Ao nababo que nos agita diante da face uma bolsa cheia de ouro, dizendo:«Pobretões! Eu cá sou rico!», responde-se tranquilamente:« Talvez, mas és grosseiro!»
Ao mata-sete que nos mostre os seus pulsos de Sansão, e nos grite:« Fracalhões, Eu cá sou forte!», replica-se friamente:« Talvez, mas és brutal
E ao sabichão que, com quatro volumes debaixo de cada braço, nos venha dizer, de alto:« Ignorantes! Eu cá sou sábio!», responde-se serenamente: « Talvez, mas és pedante!»"
Notas Contemporâneas
Citações e Pensamentos de Eça de Queirós, Ed. Casa das Letras

Bookstore Jorge Colombo

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Sulista


Flannery O’Connor é uma das mais importantes vozes da literatura americana, particularmente aclamada pela genialidade dos seus contos que combinam o cómico, trágico e brutal. É uma escritora de referência da tradição Gótica Sulista focada na decadência do Sul e nas suas gentes malditas.

Nesta edição reúnem-se num único volume, e pela primeira vez, todos os contos que Flannery O’Connor foi publicando, de forma dispersa, em revistas literárias. Alvo de rasgados elogios e de múltiplos prémios, estes contos percorrem toda a carreira literária desta importante autora. Com esta publicação conclui-se a tradução integral para língua portuguesa da sua obra ficcional.
O Gerânio Contos Dispersos de Flannery O'Connor, Ed. Cavalo de Ferro.
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«Flannery O’Connor é uma escritora moderna no sentido mais amplo do termo, as suas histórias descrevem obsessões que estão no coração do nosso mundo.», Times Literary Supplement.
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«Não foi somente a melhor escritora deste tempo e lugar: ela conseguiu descrever algo de secreto acerca da América chamado 'Sul', com aquele talento transcendental para descrever o real espírito de uma cultura. Ela era um génio!», New York Times.

João Aguiar 1943-2010

O escritor João Aguiar, 66 anos, morreu hoje, em Lisboa, vítima de cancro. João Aguiar foi um dos cultores em Portugal do chamado romance histórico, com A Voz dos Deuses, publicado em 1984.

terça-feira, 1 de junho de 2010

No Dia Mundial da Criança Ismael Foi o Preferido na SolMar




«Ismael é um coelho bravo que vive no bosque. Dos seus 52 irmãos, foi ele o escolhido pelo pai, o respeitado Coelho Maltese, para ficar junto de si e aprender tudo o que ele tinha para ensinar: todos os segredos do bosque, todos os segredos do mundo. Mal sabe Ismael que a abertura ao mundo o levará a conhecer a música e, sobretudo, a figura memorável de um músico chamado Chopin.
O que poderá resultar de tão singular e tocante relacionamento?»


Miguel Sousa Tavares regressa ao mundo infantil com Ismael e Chopin, editado pela Oficina do Livro e com ilustrações de Fernanda Fragateiro.

Ismael e Chopin, Miguel Sousa Tavares, Ed. Oficina do Livro.