quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O Pacífico de Stevenson
Deliciei-me com a história de Keola, genro de Kalamake, o feiticeiro de Molokai, inserida no volume de contos dedicado a Robert Louis Stevenson(1850-1894) que faz parte da colecção A biblioteca de Babel, dirigida por Jorge Luís Borges e editada agora em português pela Editorial Presença. Sou fã de Stevenson desde que li A ilha do Tesouro ou Raptado ou ainda O Médico e o Monstro, obras que conheci ainda na adolescência. Grande narrador, Stevenson, transporta-nos ora suave ora bruscamente para outras realidades, neste caso as ilhas do Pacífico onde o autor viveu grande parte da sua curta vida. Com a capa da ediçâo original. A ler e a saborear.
sábado, 9 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
Os Melhores de 2009
A dificuldade com as listas de os "Melhores do Ano" não está no que se escolhe, mas no que fica de fora. Esta é a nossa escolha, participe e deixe aqui a sua.
2666, Roberto Bolaño, Quetzal
A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao, Junot Díaz, Porto Editora
A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, Stieg Larsson, Oceanos
Ficção Portuguesa
Caim, José Saramago, Caminho
O Mar em Casablanca, Francisco José Viegas, Porto Editora
Poesia
Um Circo no Nevoeiro, Renata Correia Botelho, Averno
O Viajante sem Sono, José Tolentino Mendonça, Assírio & Alvim
Literatura Lusófona
Leite Derramado, Chico Buarque, Dom Quixote
Barroco Tropical, José Eduardo Agualusa, Dom Quixote
História
História de Portugal, Rui Ramos, Esfera dos Livros
Os Dabney – Uma família Americana nos Açores, Tinta da China
O Século XX Esquecido, Tony Judt, Edições 70
Literatura de Viagem
Ilhas Desconhecidas, Raul Brandão, Artes e Letras
Veneza, Juan Morris, Tinta da China
Crónicas
30 Crónicas, Emanuel Jorge Botelho, Publiçor
A Casa dos Sentidos, Sérgio Fazenda Rodrigues, ArqCoop
As Novas Crónicas da Boca do Inferno, Ricardo A.P, Tinta da China
Arte
Espelho do Mundo- Uma Nova Hist. da Arte, Jullian Bell, Orfeu Negro
O Resto é Ruído, Alex Ross, Casa das Letras
Literatura Infantil
O Incrível Rapaz que Comia Livros, Olivver Jeffers, Orfeu Negro
Alice no País das Maravilhas em Pop Up,Lewis Carroll, Gailivro
Acontecimentos
50 Anos de Astérix.
150 Anos da Origem das Espécies, Charles Darwin.
Bicentenário do nascimento de Edgar Allan Poe.
sábado, 2 de janeiro de 2010
Balanço
Num ano de crise económica, e depois de grandes mudanças no panorama editorial português com o aparecimento da Leya, notou-se em 2009 um abrandamento na actividade, com cortes nos planos de edição e quebras significativas nas vendas.
Resultado das dificuldades transversais no sector, a maior rede de livrarias do país está à venda, constituindo a grande incógnita de 2010, que destino terá a Bertrand?
Contudo foi um ano rico em livros com potencial para lutar pelos primeiros lugares do top, Miguel Sousa Tavares, José Rodrigues dos Santos, José Saramago, Ricardo Araújo Pereira, António Lobo Antunes, Margarida Rebelo Pinto e o grande fazedor de best- sellers Dan Brown. Rodrigues dos Santos foi o vencedor com “Fúria Divina” ao vender 150 mil exemplares, em poucas semanas. Os vampiros tomaram conta das leituras dos mais novos e das tabelas dos mais vendidos, a unanimidade da crítica e um forte lançamento, fizeram de 2666, romance póstumo de Roberto Bolaño, o melhor livro do ano. Num pais em que 18 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza, com elevadas taxas de desemprego, onde ainda existe um milhão de analfabetos, a leitura continua a não ser uma prioridade para os portugueses. Sobra a editoras e livreiros a resistência.
Resultado das dificuldades transversais no sector, a maior rede de livrarias do país está à venda, constituindo a grande incógnita de 2010, que destino terá a Bertrand?
Contudo foi um ano rico em livros com potencial para lutar pelos primeiros lugares do top, Miguel Sousa Tavares, José Rodrigues dos Santos, José Saramago, Ricardo Araújo Pereira, António Lobo Antunes, Margarida Rebelo Pinto e o grande fazedor de best- sellers Dan Brown. Rodrigues dos Santos foi o vencedor com “Fúria Divina” ao vender 150 mil exemplares, em poucas semanas. Os vampiros tomaram conta das leituras dos mais novos e das tabelas dos mais vendidos, a unanimidade da crítica e um forte lançamento, fizeram de 2666, romance póstumo de Roberto Bolaño, o melhor livro do ano. Num pais em que 18 por cento da população vive abaixo do limiar da pobreza, com elevadas taxas de desemprego, onde ainda existe um milhão de analfabetos, a leitura continua a não ser uma prioridade para os portugueses. Sobra a editoras e livreiros a resistência.
Tarzan na bd
Sendo eu um indefectível da personagem criada em 1912 por Edgar Rice Burroughs, era impensável que ao ver isto nos escaparates da Livraria Solmar, não me tivesse brotado uma nascente de água fresca na boca. Felizmente alma caridosa evitou que tivesse que me desfazer de parte do meu pecúlio para adquiri-lo. Apesar de no final dos anos vinte, a novela de Burroughs "Tarzan of the apes" já tivesse sido adaptada para cinema várias vezes, esta foi a primeira que a banda desenhada se interessou por ela. Harold R. Foster então um desenhador de publicidade foi indigitado para fazer a condensação das aventuras do homem macaco. Os jornais até então só publicavam banda desenhada com características caricaturais de modo que com esta publicação se assiste ao nascimento da banda desenhada realista americana. Para ler nem que seja por curiosidade.