sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Uma Casa em Havana


Pilar é o nome do iate, protagonista de épicas jornadas de pescaria ao largo de Cuba, está hoje no jardim da elegante residência, junto à piscina onde Ava Gardner gostava de nadar nua. Na casa, mais de dez mil livros, as revistas e as bebidas do escritor norte-americano. Finca Vigia, fica a 18 km a sueste de Havana, na aldeia de San Francisco de Paula, onde Hemingway viveu mais de 20 anos, de 1939 a 1960. Com os rendimentos dos direitos de autor do livro, Por Quem os Sinos Dobram, o escritor, comprou este casarão inspirado na arquitectura colonial espanhola, no alto de uma colina verdejante nos arredores de Havana. Foi nele que escreveu o livro O Velho e o Mar, que lhe deu acesso directo ao Pulitzer e ao Nobel. Ernest Hemingway era feliz em Cuba, quando não estava na sua propriedade encontrava-se no seu bar favorito , o Floridita, palco de bebedeiras intermináveis. Esta casa hoje pertence ao Estado cubano, que a transformou em casa museu, foi confiscada poucos dias após o suicídio do escritor, em Julho de 1961, às ordens de Fidel Castro. O autor de Adeus às Armas, segundo os seus biógrafos garantem, que a crescente hostilidade do regime comunista cubano apressou a deterioração do estado de saúde de Hemingway, que se vira forçado a abandonar a Finca no verão de 1960. A casa onde pernoitaram Marlene Dietrich, Ingrid Bergman, Gary Cooper e Sartre, é um dos poucos edifícios na ilha em bom estado de conservação, 48 anos depois.
Uma visita a Havana fica incompleta sem uma deslocação à Quinta Vigia, onde se avista um panorama soberbo do mar das Caraíbas.

3 comentários:

João Frazão disse...

Exclente escolha, Hemingway é um vulto das letras universais e quase que se ultrapassou a si mesmo, se é que não fez mesmo isso, porque outros actores da sua geração não forim capazes de escrever textos tão belos como ele, fico muito contente por esta escolha sábia e revitalizadora, vivemos num tempo em que os códigos davinci's e os segredos é que singram no leitores, mas Hemingway é mortal.

Bem haja ao blog!

Maria Brandão disse...

e que bom é tomar um mojito no floridita :)

Anónimo disse...

É um dos sítios aonde quero mais ir antes de completar os cem anos