"É como leitores que
nós somos "literatura", paisagem invadida, submersa, iluminada por
todas as emoções, sentimentos, angústias, alegrias que, para parafrasear
Pessoa, não damos a nós mesmos nem à vida, mas estão lá, inscritas,
incoactivas, nesse lugar sem lugar nem espaço mais virtual do que todos os
espaços virtuais que chamamos livro e em virtude do qual somos literatura...
a literatura é o resto, um pouco como Pascoaes dizia da Saudade que é o que fica quando tudo morreu."
a literatura é o resto, um pouco como Pascoaes dizia da Saudade que é o que fica quando tudo morreu."
Eduardo Lourenço, Do
Homem como literatura, (in) Expresso 22 Janeiro/2016
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