segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Do Homem como literatura


"É como leitores que nós somos "literatura", paisagem invadida, submersa, iluminada por todas as emoções, sentimentos, angústias, alegrias que, para parafrasear Pessoa, não damos a nós mesmos nem à vida, mas estão lá, inscritas, incoactivas, nesse lugar sem lugar nem espaço mais virtual do que todos os espaços virtuais que chamamos livro e em virtude do qual somos literatura...
a literatura é o resto, um pouco como Pascoaes dizia da Saudade que é o que fica quando tudo morreu."

Eduardo Lourenço, Do Homem como literatura, (in) Expresso 22 Janeiro/2016



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