No Outono de 1675, o navio português Nossa Senhora da Palma
e São Raphael, que havia largado do Maranhão com destino a Lisboa, foi
capturado ao largo do Cabo de São Vicente por um corsário de Argel e forçado a
seguir para este porto, situado na região do Norte de África então designada
por “Berbéria”. Uma operação que passara a fazer parte da vida quotidiana do
Atlântico Norte, desde que, a partir do início do século XVII, os corsários de
Tunis e Argel, em consonância com os seus confrades de Salé, alargaram a sua
actividade, ao “Grande Oceano”.
Entre os tripulantes daquele navio encontrava-se um grumete de 19 anos, natural da Ribeira dos Flamengos, na ilha do Faial, de seu nome Joseph Cardozo. Estava perto de terminar a sua primeira viagem de longo-curso, mas, contrariamente às suas expectativas, esta acabou no mercado de escravos de Argel onde, a par dos outros elementos da tripulação e dos passageiros, foi vendido a quem por ele ofereceu mais dinheiro.
Por decisão do seu proprietário, Joseph Cardozo embarcou, passado pouco tempo, num navio de corso, cuja tripulação era constituída por soldados turcos, por cativos como ele próprio e por europeus que, por terem renegado a fé de Cristo, viviam em plena liberdade, dando mostras de alguma prosperidade. Uma situação que contrastava claramente com sua, obrigado que estava no fim de cada viagem, a entregar ao seu “senhor” o quinhão que lhe fora atribuído, depois de feita a divisão das presas efectuadas pelo seu navio.
A exemplo do que aconteceu com alguns dos muitos milhares de cativos que caíram nas mãos dos corsários da Berbéria, em particular com aqueles que integravam as tripulações dos navios de corso, Joseph Cardozo converteu-se ao Islamismo e continuou a exercer a sua nova profissão de corsário, mas agora como “homem livre”. E, ao que tudo indica, com grande competência, não só pela sua ascensão na hierarquia do corso, onde atingiu o posto de imediato, mas, sobretudo, porque passou a ser conhecido em Argel como um corsário de fama.
Entre os tripulantes daquele navio encontrava-se um grumete de 19 anos, natural da Ribeira dos Flamengos, na ilha do Faial, de seu nome Joseph Cardozo. Estava perto de terminar a sua primeira viagem de longo-curso, mas, contrariamente às suas expectativas, esta acabou no mercado de escravos de Argel onde, a par dos outros elementos da tripulação e dos passageiros, foi vendido a quem por ele ofereceu mais dinheiro.
Por decisão do seu proprietário, Joseph Cardozo embarcou, passado pouco tempo, num navio de corso, cuja tripulação era constituída por soldados turcos, por cativos como ele próprio e por europeus que, por terem renegado a fé de Cristo, viviam em plena liberdade, dando mostras de alguma prosperidade. Uma situação que contrastava claramente com sua, obrigado que estava no fim de cada viagem, a entregar ao seu “senhor” o quinhão que lhe fora atribuído, depois de feita a divisão das presas efectuadas pelo seu navio.
A exemplo do que aconteceu com alguns dos muitos milhares de cativos que caíram nas mãos dos corsários da Berbéria, em particular com aqueles que integravam as tripulações dos navios de corso, Joseph Cardozo converteu-se ao Islamismo e continuou a exercer a sua nova profissão de corsário, mas agora como “homem livre”. E, ao que tudo indica, com grande competência, não só pela sua ascensão na hierarquia do corso, onde atingiu o posto de imediato, mas, sobretudo, porque passou a ser conhecido em Argel como um corsário de fama.
Joseph Cardozo Corsário Em Argel (1675-1694), Mário Fernandes, Chiado Editora.
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