quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Defesa do Livro

Patti Smith por Robert Mapplethorpe



“Por mais que avancemos tecnologicamente, por favor, não abandonem o livro”
Patti Smith

A cantora, poeta e compositora, Patti Smith, ganhou o National Book Award na categoria de não ficção com Just Kids, livro no qual evoca a sua relação com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, na Nova Iorque boémia dos anos 60 e 70. Foi quando trabalhava na livraria Scribner, em Manhattan, no final dos anos 60, que Patti Smith conheceu o artista da sua vida. Tornaram-se amantes e amigos (até à morte do fotógrafo, em 1989). Nessa altura, enquanto arrumava os livros nas estantes, Patti sonhava com o dia em que iria ser ela a escrever um livro. Artista multifacetada, lançou o seu primeiro livro de poesia, Seventh Heaven, em 1972, antes mesmo de ter editado o seu primeiro e incontornável álbum, Horses, em 1975, tornando-se a partir daí uma das estrelas mais influentes da cultura americana. Emocionou-se ao receber o prémio, e pediu aos 650 convidados para a cerimónia, de entrega do National Book Award, que não abandonem o livro, a coisa mais importante na sua vida.
Nesta história o que mais me interessa, mais que o prémio inteiramente merecido, é a ligação e defesa do livro por parte de Patti Smith, (da qual sempre foi grande admirador), mas também a relação entre livros, paixão, livraria, amor.

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