sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Centros de Urbanidade


Alexandria foi culta, tolerante e rica nos períodos mais áureos da sua magnífica biblioteca e tornou-se pobre e sombria, quando esta desapareceu nos mantos pouco diáfanos da intolerância e do fanatismo.
Era através da antiquíssima Biblos, cidade fenícia, que se exportava para o mundo então conhecido a base para produzir e registar conhecimento: o papiro.
Conhecimento questionador e emancipador da humanidade, lenta e laboriosamente reunido em bibliotecas, que como tal, são evidentemente símbolo e sinónimo do cosmopolitismo das próprias cidades onde se situam. Variada, ampla, atenta, disponível, multifacetada. Pelo mundo fora há bibliotecas que fazem um trabalho notável na sua oferta de conhecimento, de actividades culturais e de expressões cívicas, das crianças aos idosos. São centros de urbanidade, nós de redes relacionais, marcos de desenvolvimento.
O anuncio da construção de uma nova biblioteca municipal na cidade da Ribeira Grande, assim como a construção da Biblioteca de Angra, são dois belos exemplos que nos mostram como em cada cidade, e tão central como a praça, o jardim, o mercado, deveria haver uma biblioteca e assim a esperança existir em nós, que trabalham para que o saber e a relação ocupe as suas cidades, e assim se construa um futuro melhor.

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