sábado, 4 de julho de 2009

Nem Ovídio Nem Coco Chanel

Fotografia de Filipe Franco

Ao atracar em Cannes com um tom de pele mais escuro do que o habitual, a francesa Coco Chanel conhecida por gostar de praia, ar livre e desportos, torna-se numa das primeiras mulheres com o atrevimento suficiente para se bronzear. Até essa altura, anos 20, o tom de pele distinguia na sociedade os ricos dos pobres, queimados pelo sol estavam os trabalhadores do campo e do mar, ao contrário dos abastados que possuíam rostos pálidos e protegidos.
Na Arte de Amar, Ovídio escreveu: “deixem os amantes serem brancos é a cor que condiz com o amor.”
Por esta razão, os romanos pintavam os rostos com giz, chegando mesmo a usar-se arsénico como branqueador, o que levava a muitos envenenamentos involuntários.
Por aqui nos Açores, a vida do bronzeado tem sido muito curta, não por querer seguir a ideia de Ovídio, ou por falta do atrevimento de Coco Chanel, mas sim porque os raios (mas que raio) do Deus Sol não se mostram.

3 comentários:

Maria Brandão disse...

é por isso q me vou já embora :)

Maria das Mercês disse...

Eu também!!! Mas volto! Boas férias de mim!!!

Filipe Machado disse...

Infelizmente, o nosso tempo não permite uma aposta forte no turismo de praia. Concordo com a Maninha, praia a sério, só fora dos Açores.