sábado, 11 de julho de 2009

Viajar com Livros - Rimbaud


Eu escrevia silêncio, noites, anotava o inexprimível, fixava vertigens.
Arthur Rimbaud


A perpétua necessidade de fugir ao tédio, faz Rimbaud viajar para lugares frios da Europa, como a Escandinávia e a Suíça, caminhos que passam diversas vezes por Charleville. Uma expedição nos Alpes, em que escreve relatos, que inspiram montanhistas profissionais. Depois disso, no fim de 1878, vai rumar à dureza do sol no deserto. Cruza o mediterrâneo a propósito de uma campanha em Java, na distante Indonésia. Por diferentes razões conhece o Egipto, o Chipre, a Turquia e aprende outras línguas, árabe, grego, russo, entre outras. Foi comerciante em Harar (Etiópia), cruzando para lá chegar o deserto da Somália. A excitação da nova viagem e do partir atormenta-lo. Portador de génio, o poeta francês, Arthur Rimbaud (1854-1891), viveu o período de maior criação entre os 15 e os 21 anos, altura em que publicou As Iluminações. Deixou a literatura, para viver uma existência carregada de excessos: o álcool, as relações amorosas promiscuas, a libertinagem. Rimbaud viveu depressa, a sua viagem, pelo mundo dos vivos foi curta, morreu aos 37 anos vítima de cancro.

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