"Apercebi-me rapidamente de que escrevia a vida de um grande homem. Daí, maior respeito pela verdade, mais atenção e, quanto a mim, maior silêncio."
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Viajar com Livros - Adriano
"Apercebi-me rapidamente de que escrevia a vida de um grande homem. Daí, maior respeito pela verdade, mais atenção e, quanto a mim, maior silêncio."
Cidade Eterna
Roma sempre inspirou artistas, cenário de filmes como La Dolce Vita, de Fellini, ou a Fonte dos Desejos, de Jean Negulesco, Fontana Di Trivi. Segundo a tradição, lançar uma moeda de costas para fonte garante o regresso a Roma, que lida de trás para a frente, significa "Amor".
terça-feira, 28 de julho de 2009
Costela Açoriana
Como professor universitário foi o que fiz, mas, quando com os meus co-fundadores criei a YDreams, percebi que era essencial combinar o «voo do sonho» com os pés na terra. Como vencer a ausência de perspectiva, a aversão ao risco, a falta de autoconfiança e a tendência para criticar em vez de gerar ideias pervasivas na nossa sociedade?"
Temos a inteligência e as ferramentas essenciais para «voar», basta aprender a fazê-lo com qualidade.
António Câmara, acaba de publicar o livro Voando com os Pés na Terra (Editora Bertrand).
segunda-feira, 27 de julho de 2009
O Mágico
Humaniza o seu som,
E põe nas suas cadências um estranho
Estremecimento do coração.
Jorge González Bastias
O maestro conhecido pela sua exuberância em palco, é produto do chamado” sistema “ de Orquestas Juvenis Venezuelanas. Fundada pelo maestro José António Abreu, é uma obra social do Estado, a prática colectiva através da música, a educação e recuperação de crianças carenciadas. Existem actualmente, 180 “núcleos escolas” que acolham, 350000 crianças e jovens que formam uma complexa rede de Orquestas, já lhe chamam o milagre musical Venezuelano.
O fenómeno Dudamel está imparável , com o catálogo da Deustsche Grammophon em construção , este ano gravou, a 5ª Sinfonia de Tchaikovsky, o que traduz uma paixão do Maestro pelo compositor Russo” Apesar de a Venezuela estar longe da Rússia, o carácter latino de Tchaikovsky, faz nos apaixonarmos pela sua música num instante.”
Como alguém uma vez disse, não há boas e más orquestras, apenas bons e maus maestros, Gustavo Dudamel é um dos melhores.
domingo, 26 de julho de 2009
James Cameron na Livraria
Foi assim a ida à Livraria SolMar, do famoso realizador que um dia, ao receber um Óscar gritou “I am the king of the world” .
sábado, 25 de julho de 2009
Dia de Mar
Shophia de Mello Breyner, poetisa, evoca-se aqui na altura em que se perfazem cinco anos sobre a sua morte.
As ondas quebravam
uma a uma
eu estava só com a areia
e com a espuma
do mar que cantava só para mim
Dia do Mar , Sophia de Mello Breyner
Bret Easton Ellis
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Perdidos na Tradução
A editora Shinchosha, tem promovido de várias formas, o livro 1Q84, foi o tema num programa que é assim uma espécie de Câmara Clara japonês, num intenso e produtivo diálogo, os críticos analisam a obra.
Perdidos na tradução, o gozo maior está na partilha, mesmo não percebendo nada.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Irresistível
Ficamos assim fascisnados a ver estas imagens, e esperando pacientemente, pelo acontecimento cinematográfico de 2010.
Alice no País das Maravilhas de Carroll, é no entanto uma das raras obras, que consegue transpor a linguagem do sonho para a literatura.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Ai Jesus
“ os pinos efervescentes”, “forno interno do clube”, “bode respiratório”, “ couro de assobios”, “ embebida no espírito da vitoria”, “cherne da questão”, estes são alguns exemplos de como driblar a língua portuguesa. O Jesus a maioria das vezes é distraído, precipitado e não ignorante “sinto-me a Paula Rego do futebol”, calinada mesmo é quando se refere aos jogadores que usam a braçadeira em campo, como os seus “capitões”, mas é preciso ver que o campeão só têm a quarta classe antiga, e que não deve andar à pedrada quem tem telhados de vidro. Nos blogues, nos jornais, todos os dias, os estilhaços fazem-se notar. Queriam o quê, o Diogo Infante ou Edite Estrela, como treinadores do Glorioso. Podemos sempre recomendar, algumas leituras ao senhor Jorge Jesus, que tal:
O Memorias da Igreja do Saramago, A Massagem do Pisoa, O Amor de Posição do Amilo, O Feri Luis de Coiso do Garret, Os Fidalgos da Caça Maricas do Dinis, esperamos que o seu preferido não seja A Queda de uma Águia do Camilo.
Boas leitugas e SLB sempre.
domingo, 19 de julho de 2009
Odisseia no Espaço
A série Espaço 1999, criada por Jerry Anderson, marcou a história da F.C. televisiva. A lua como cenário de episódios para uma sucessão de aventuras, destacava-se o design da base, e das inesqueciveis naves Eagle, que serviam os seus astronautas.
Viagens à lua no cinema e na televisão houve muitas, mas o que fez parar o mundo inteiro, á frente dos pequenos ecrãs a 20 de Julho de 1969, foram as imagens em directo, em que se via pela primeira vez um homem na lua.
Fly Me to the Moon
A lua foi inspiração que morava na imaginação de cantores e compositores. Au Claire de Lune, composta por Debussy, a ópera Der Mond, e a Sonata ao Luar de Beethoven, são clássicos. Também o Jazz conquistou a espaço com o histórico standard mais vezes recriado, Blue Moon.
No ano em que Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram o solo lunar, David Bowie, recriava um diálogo algures no espaço em Space Oddity. Nesta noite que ficou para a história da humanidade, a BBC, convidava os Pink Floyd para acompanhar com música ao vivo , as primeiras imagens que chegavam da lua, mais tarde em 1972, o grupo britânico gravava The Dark Side of the Moon. Boa música nos deu esta era espacial.
Com a Cabeça na Lua
Foram muitos os escritores com a “cabeça na lua”: Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, H.G. Wells, Robert A. Heinlein, e muitos livros da colecção Argonauta, através dos seus contos e romances, ofereceram-nos a capacidade fantástica de sonhar, uma viagem com um destino, a Lua.
sábado, 18 de julho de 2009
Autores a lápis de cores 5 - Lélia Nunes
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Os Castrados
A dramática vida de Farinelli il Castrato, está contada no livro de André Corbiau (edições Teorema), e no filme de Gérard Cobiau.
Integrado na temporada MusicAtlântico, actua amanhã, dia 17 pelas 21h30, na Igreja do Colégio, em Ponta Delgada, o contratenor mais famoso da actualidade, Philippe Jaroussky. Do programa constam árias e obras do extraordinário mundo vocal dos Castratti do século XVIII, Farinelli e Carestini.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Coração de Leão
sábado, 11 de julho de 2009
Viajar com Livros - Rimbaud
A perpétua necessidade de fugir ao tédio, faz Rimbaud viajar para lugares frios da Europa, como a Escandinávia e a Suíça, caminhos que passam diversas vezes por Charleville. Uma expedição nos Alpes, em que escreve relatos, que inspiram montanhistas profissionais. Depois disso, no fim de 1878, vai rumar à dureza do sol no deserto. Cruza o mediterrâneo a propósito de uma campanha em Java, na distante Indonésia. Por diferentes razões conhece o Egipto, o Chipre, a Turquia e aprende outras línguas, árabe, grego, russo, entre outras. Foi comerciante em Harar (Etiópia), cruzando para lá chegar o deserto da Somália. A excitação da nova viagem e do partir atormenta-lo. Portador de génio, o poeta francês, Arthur Rimbaud (1854-1891), viveu o período de maior criação entre os 15 e os 21 anos, altura em que publicou As Iluminações. Deixou a literatura, para viver uma existência carregada de excessos: o álcool, as relações amorosas promiscuas, a libertinagem. Rimbaud viveu depressa, a sua viagem, pelo mundo dos vivos foi curta, morreu aos 37 anos vítima de cancro.
Estrangeirados
sexta-feira, 10 de julho de 2009
O Amante
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Câmara Clara Nos Açores
Jesusalém e Pronto Final
Ao transcrever este parágrafo o meu computador ficou baralhado, com a criação que Mia Couto utiliza na sua prosa. Considera-se antes de tudo um poeta, e o que lhe fascina é o “poder fazer a criação poética, não só em cima da linguagem, mas em cima da narrativa.” Jesusalém, e não Jerusalém é como se intitula o seu novo romance, editado pela Caminho. Mia confirma o importante lugar que detêm nas literaturas de língua portuguesa. O escritor Moçambicano defendeu, recentemente no Rio de Janeiro, que é preciso discutir questões do âmbito social e políticas, antes da unificação ortográfica. Mia diz sentir prazer em ler autores brasileiros com “ elementos gráficos diferentes para que essa diversidade esteja presente.” Afirma-se assim resistente ao acordo ortográfico.
Na sessão de lançamento de Jesusalém, salientou que a literatura ainda pode causar encantamento e criar utopias.
“ A literatura pode mostrar o gosto de se poder sonhar e se poder construir outros dias, com o prazer de encontrar um mundo para além desse.”
Autores a lápis de cores 4 - Onésimo Teotónio de Almeida
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Veneza Cidade Feminina
A literatura de viagens está ligada a textos que descrevem experiências em outros lugares, e outras culturas, despertando em cada leitor a paixão pela descoberta. É assim com Carlos Vaz Marques coordenador de uma colecção dedicada a este género literário publicada pela editora Tinta da China. A propósito disse recentemente que decide as suas viagens, com o critério prático e o critério poético, “o poético é o desejo. Tem haver justamente com o facto de ir para lugares onde possa sentir que está à beira de perder o pé. O prático é o dinheiro.” Na lista infinita na sua cabeça de lugares onde gostava de ir diz, “o meio de transporte mais barato que conheço são os livros, e a leitura como forma de viajar é o substituto ou complemento quando se pode fazer.”
A colecção já conta com cinco títulos, o último é uma obra sobre Veneza, de Jan Morris, uma célebre escritora de viagens que nasceu James, e mudou de sexo em 1972, continuando no entanto a viver com a mulher e os filhos.
Este livro é já um clássico, muitas vezes referido como o livro sobre Veneza.
Nas palavras de Paul Theroux, outro dos grandes escritores viajantes do nosso tempo, Morris é “ uma das maiores escritoras descritivas da língua inglesa”. Por isso ele lhe chama também “ a travelling genius”.
É numa permanente inquietação de viagem que a autora, percorrendo o mundo para o interpretar, tenta revelar o enigma dos lugares que visita tal como se propõe desvendar o seu próprio enigma interior.
“ Por vezes, rio abaixo, quase penso que o consigo; mas então a luz muda, o vento vira, uma nuvem atravessa-se à frente do sol e o significado de tudo isto volta uma vez mais a escapar-me.”
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Elegy - Philip Roth
Indignação é o que nós sentimos, porque nem estreia por cá o filme Elegy, assim como o seu último livro só estará traduzido e publicado no proximo Outono pela D.Quixote .
Outono parece ser a estação de Roth, não fosse ele falado todos os anos para o Nobel da Literatura.
sábado, 4 de julho de 2009
Nem Ovídio Nem Coco Chanel
Por esta razão, os romanos pintavam os rostos com giz, chegando mesmo a usar-se arsénico como branqueador, o que levava a muitos envenenamentos involuntários.
Por aqui nos Açores, a vida do bronzeado tem sido muito curta, não por querer seguir a ideia de Ovídio, ou por falta do atrevimento de Coco Chanel, mas sim porque os raios (mas que raio) do Deus Sol não se mostram.