terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Morrer de Amor


Comemora-se hoje, o bicentenário de um dos compositores mais apreciados do mundo, de seu nome Félix Mendelssohn (1809-1847). Muitas das suas composições constituem uma pedra angular do reportório clássico e a “Marcha Nupcial”, que compôs para sonho de uma noite de verão, tem acompanhado os momentos mais felizes ou não, de milhões de vidas. Mendelssohn, menino-prodígio da história da música, uma celebridade solicitada pelas mais destacadas personalidades do seu tempo, de Goethe à rainha Vitoria. O grande compositor alemão, ao que foi noticiado pelo The Independent, numa investigação da jornalista Jessica Duchen, terá morrido de amor, sucumbindo com apenas 38 anos a uma paixão não correspondida, versão bem diferente da história oficial, que diz ter morrido de um ataque cardíaco a 4 de Novembro de 1847.
A jornalista escreve que, acreditando num documento removido nos arquivos da Royal Academy of Music em Londres, uma carta do compositor a uma cantora lírica, a sueca Jenny Lind (imortalizada como a rouxinol sueca), sendo o teor da carta, uma apaixonada declaração de amor, em que o compositor rogava à cantora que fugisse com ele para a América. Fala-se numa teoria de suicídio ou dramaticamente ter-se apagado, numa imensa tristeza. Sabe-se que se conheceram em Berlim, em Outubro de 1844, e que com ela se encontrou com regularidade em Londres. Uma ópera imaginada para Jenny, dedicando o solo de soprano da celebrizada oratória Elias. Mas com o “Não” na alma da rouxinol sueca e com o coração despedaçado, o músico do romantismo morreu como sempre compôs a sua música, com uma enorme paixão.

1 comentário:

Maria das Mercês disse...

Já não se morre de amor, quando muito morre-se por causa de amores mal "filtrados"... Já não se fazem tantas coisas hoje em dia! Acho que estou a ficar velha...