terça-feira, 15 de julho de 2008

Uma Boa Leitura


O Livro:
Deram a volta ao largo. Do lado da lá da bomba, o camarada VendedorDeGasolina fez adeus como sempre fazia apesar de as pessoas estarem tão perto, não sei, cada um pode fazer e gastar quantos adeuses quiser, mas eu acho que adeus é para fazer mais assim numa ocasião de despedida tipo uma viagem longa, como quando alguém vai de avião para outro país internacional, ou mesmo que seja província mas que demore mais que quinze dias, ou faz-se adeus de muito longe quando a voz não chega nem mesmo gritada de doer a garganta, ou se for como nos filmes dos navios grandes que ás vezes até afundam, vale a pena ir ao porto fazer adeus com lenço ou sem lenço, com lágrimas ou sem chorar, mesmo existem pessoas que gostam de fazer adeus a rir, mesmo com a vontade de chorar escondida, porque aquele que vai embora já vai triste de ir para longe, não precisa mais de levar as nossas lágrimas de fazer para longe, não precisa mais de levar as nossas lágrimas de fazer adeus assim demorado, ou então, se é uma pessoa que se gosta muito dela e ela vai partir, mesmo que seja poucos dias, talvez dê para fazer um pequeno adeus mas não tão estrondoso e quase a imitar o camarada polícia sinaleiro como o VendedorDeGasolina fez para a minha Avó, ainda por cima, eu devia mesmo lhe dizer depois, nunca se faz um adeus tão grande a uma pessoa que está a chegar a casa, mas não vale a pena explicar mais, muitos mais-velhos não entendem nada dessa coisa de fazer adeus.
Autor:
Ondjaki nasceu em Luanda em 1977. Prosador. Às Vezes poeta. Escreve para o cinema e co-realizou um documentário sobre a cidade de Luanda ( Oxalá Cresçam Pitangas – Histórias de Luanda). É membro da União de Escritores Angolanos. É licenciado em Socilogia. Está traduzido em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês e chinês.

FOI SÓ

DESCANSO DESCANSO DESCANSO

terça-feira, 1 de julho de 2008

Agradável Surpresa

O livro
Os homens têm memória, alimentam-se de histórias, e as que mais marcam são aquelas que determinam a vida dos nossos antepassados.
Esta é a história de uma família, os Palma Lobo. Bisavô, avô, pai e filho. Roberto, Álvaro, Jorge e Salvador. Nomes diferentes, mas o mesmo sangue e muito em comum: mulherengos, excêntricos, excessivos, todos marcados pela loucura e tortura da paixão. Foram todos homens invulgares sempre dominados por paixões privadas, amores e loucuras, e era nesse círculo íntimo do coração e do sexo que a sua se destina a viver e a terminar. Passando por Moçambique, Angola, Lisboa, Alentejo e Brasil, a sua vida é uma epopeia à espera de ser revelada.


" Eis um romance extraordinariamente estruturado, coerente, seguindo uma progressão organizada e de uma delicadeza envolvente."


Expresso

O Autor
Domingos Amaral filho de Freitas do Amaral, nasceu a 12 de Outubro de 1967, em Lisboa. Depois de se ter formado em Economia, pela Universidade católica Portuguesa, e de ter feito um mestrado em Relações Internacionais, na Universidade de Clúmbia, em Nova Iorque, decidiu seguir a sua carreira como jornalista.
Enquanto Salazar Dormia (2006), este ultimo já editado no Brasil e na Polónia.